Prefeitura paga a instituto, sem fins lucrativos, R$ 100.000,00 sem licitação

25/12/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Com dois pagamentos de R$ 50.000,00 cada, efetuados nos dias 16 e 18 desse mês, a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, através de dispensa de licitação, coisa que é rotina da atual administração, pagou ao INADEM, R$ 100.000,00, conforme consta de lançamentos no portal da transparência, pela “PRESTACAO DE SERVICOS TECNICOS DO INADEM, A PREFEITURA, PARA ELABORACAO, IMPLANTACAO E OPERACIONALIZACAO DO PIDES PL”. O PIDES é um Projeto de Iniciação Desportiva nas Praças.

O INADEM é um instituto, segundo consta em seu site, sem fins lucrativos, que existe para dar aos municípios brasileiros o apoio e assessoria necessários nas atividades de planejamento, projetos técnicos e sociais, gerenciamento de projetos para a obtenção de recursos e a devida orientação na aplicação otimizada dos mesmos, com o objetivo de melhor atender a população. Finalidade que deveriam ser de competência do Departamento de Planejamento em conjunto com as Secretaria de Esportes e Educação, que existem justamente para isso.

O peso deste gasto é muito significativo, pois cem mil reais de um caixa “estourado”, pagos à vista, em detrimento de pagamentos a fornecedores, muitos com meses de atraso em seus recebimentos, além do fato do desmanche, proposital, da estrutura da Secretaria de Juventude Esporte e Lazer, sem mencionar a inércia do Departamento de Planejamento e Projetos da Prefeitura, que custa muito ao município e que aparenta ser um órgão apenas figurativo, pois não consegue desenvolver suas atividades sem o auxílio, ou a batuta, de empresas, pagas a peso de ouro, para darem assessoria e consultorias.

São quase três anos do atual governo, movido por assessorias e consultorias, que muito tem custado ao bolso dos contribuintes, mas que pouco, ou quase nada, tem apresentado de resultado, fazendo com que o executivo deixe de cumprir com o seu verdadeiro objetivo, que é o de gerenciar o dinheiro público, revertendo-o em benfeitorias a população.

O executivo não tem economizado recursos em planejamento, mas não é tão generoso com a execução, investe-se muito para idealizar projetos, mas quase nada para implantá-los, na maioria das vezes sem elencar prioridades.