Na contramão do anseio popular, Defensoria tenta impedir que moradores de rua sejam retirados do canteiro central

15/05/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A Defensoria Pública de Sidrolândia confunde direito de “ir e vir” com ocupação permanente de espaços públicos. Isso fica claro na tentativa que o ente público está promovendo de impedir a liminar que autoriza a Prefeitura a devolver o espaço ao restante da população.

A defensoria fecha os olhos para as cenas de sexo explícito, de consumo de drogas e álcool, de violência física, além de ameaças, protagonizadas a qualquer hora do dia, pelos ocupantes do local, tanto a transeuntes como a comerciantes da região.

A questão da visibilidade pessoal está se sobrepondo a razão e ao verdadeiro direito do cidadão, que, conforme pensamento da Defensoria “pública”, deve se submeter a manutenção de uma mini-cracolândia no coração do município, deixando de lado o verdadeiro direito de “ir e vir” dos cidadãos de Sidrolândia.

A justificativa dos defensores não encontra amparo na realidade, visto que todas as medidas possíveis foram adotadas pelo executivo, no intuito de recompor a civilidade e reintegrar aquelas pessoas ao convívio social, tentativas essas que não tiveram êxito, pois os mesmos já deixaram claro que não querem outro modo de vida, senão aquele ao qual estão inseridos.

O Defensor, em entrevista a site sensacionalista, chega a propor algo que ele mesmo adianta não ser possível, a implantação do (CAPS AD), que é para municípios com mais de 70.000 habitantes, que não é o caso de Sidrolândia. Dr. Gustavo ainda fala em criação de uma casa de apoio, com regras menos rígidas, mas não explica o que seriam essas regras menos rígidas.

Dos que se manifestam sobre o assunto, o único que demonstra coragem e real preocupação é o Vereador e Advogado, Kennedi Mitrioni Forgiarini, que como todos já sabe das tentativas feitas pelo poder público, da negativa dos moradores de rua em mudar sua condição e do clamor social por uma solução para o problema.

Dr. Gustavo considera que tentar impedir que moradores de rua façam do canteiro central da cidade lugar para atos de sexo explícito, ponto para uso de drogas e álcool, local de brigas e intimidação de cidadãos, seja promover “faxina social”, termo da moda utilizado por pessoas que se manifestam contrários a extinção da “CROCOLÂNDIA” na capital paulista.

Onde fica o direito do restante da população de Sidrolândia? Ou será que nosso direito é o de “permanecer calado e tudo o que dissermos poderá ser usado contra nós nos tribunais”?

Parece que estamos de cabeça para baixo ou que para estarmos certos devemos estar errados, assim como o anzol, que para ser direito tem que ser torto.