Faltou cuidado, atenção ou discussão na elaboração e votação do PME?
A votação PME (Plano Municipal de Educação) na sessão desta segunda-feira (22), provocou um verdadeiro pandemônio na Câmara Municipal.
O que era para ser uma votação tranquila, acabou se transformando em um conflito de ideologias, com colocações pesadas e acusações, passando da política para a religião em um piscar de olhos.
Em poucos minutos, convocados por redes sociais, apareceram dezenas de pessoas que bradavam e literalmente rezavam pela rejeição do plano, tendo em seus discursos a religião e a defesa da família.
O fato gerador de tamanha discórdia foi a “ideologia do gênero”, termo amplamente discutido, mas que ainda traz interpretações difusas sobre seu real significado e aplicação.
Houveram argumentações de prós e contras a aprovação, todos com suas posições bem demarcadas.
A questão que pesou para quem votou contrário foi a distorção do conceito homem x mulher, bem como a ideia da banalização da opção sexual, onde pode-se apresentar outras opções que não a de masculino ou feminino, ou seja a possibilidade do terceiro, quarto ou quinto sexo, e que isso não deva ser tratado como normal e muito menos introduzido no currículo escolar.
Para quem votou a favor da aprovação do Plano, pelo que se viu nas argumentações, foi apenas uma discussão técnica, consideram que o termo não envolve ensinar ou pregar opção sexual e sim preparar os professores, para que os mesmos saibam lidar com as diversidades que por ventura venham a surgir, protegendo tanto os iguais como os diferentes.
Apesar de alguns terem se servido da ocasião para ganharem notoriedade e para atacar esse ou aquele, como é de costume dos aproveitadores, o fato é que não houve má fé, nem de um lado e nem de outro.
Agora é buscar o entendimento, principalmente do que estava escrito no Plano, e que alguns, por ignorância do assunto, interpretaram erroneamente, para que o mesmo seja posto em prática, com alterações, se necessárias, proporcionando a verdadeira finalidade que é a de melhorar as práticas educacionais e o nível de aprendizado de nossas crianças, deixando a formação pessoal e moral para serem moldadas pelas famílias.