Depois de ajoelhar diante do STF, Senado rasteja em votação com 82 votos de 81 Senadores

02/02/2019 00h00 - Atualizado há 5 anos
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Divulgação

Depois de ir ao STF para derrubar uma decisão de plenário, onde 50 dos 81 Senadores decidiram por uma votação aberta para a Presidência da Casa, na tarde de hoje (02) a Mesa Diretora, Presidida pelo Senador José Maranhão do MDB-PB, protagonizou o que para alguns é uma trapalhada e para muitos um atentado a já combalida moral do Senado Federal.

Em uma votação secreta, com cédulas de papel, onde quem não votou em Renan Calheiros fez questão de mostrar seu voto ao público e a imprensa, surgiram, da velha urna de madeira, 82 votos de 81 Senadores.

Da urna saíram 80 envelopes, com oitenta cédulas, além de duas cédulas avulsas.

A discussão passou a correr por conta do que seria feito, anulação dos dois votos, anulação de um deles ou nova votação.

Os Senadores apresentados, pelos partidos, como auditores e escrutinadores, depois de terem falhado nessa missão, decidiram por nova votação, o que provocou reações diversas e contestações de que os mesmos não poderiam decidir e sim o plenário como um todo.

Após decidida a questão e convocada nova votação, partidários de Renan, que diferentemente dos outros Senadores não revelaram seus votos, passaram a condenar a atitude de abrir o voto, colocando que isso era uma maneira de intimidação.

Com a segunda votação próxima de ser iniciada, o que funcionou e bem, foi o moderno picador de papel que, como a velha urna de madeira, aceitou tudo o que colocaram em seu interior, ou seja, os 80 envelopes e 82 cédulas.

Foto © Geraldo Magela/Agência Senado