Depois de ajoelhar diante do STF, Senado rasteja em votação com 82 votos de 81 Senadores
Depois de ir ao STF para derrubar uma decisão de plenário, onde 50 dos 81 Senadores decidiram por uma votação aberta para a Presidência da Casa, na tarde de hoje (02) a Mesa Diretora, Presidida pelo Senador José Maranhão do MDB-PB, protagonizou o que para alguns é uma trapalhada e para muitos um atentado a já combalida moral do Senado Federal.
Em uma votação secreta, com cédulas de papel, onde quem não votou em Renan Calheiros fez questão de mostrar seu voto ao público e a imprensa, surgiram, da velha urna de madeira, 82 votos de 81 Senadores.
Da urna saíram 80 envelopes, com oitenta cédulas, além de duas cédulas avulsas.
A discussão passou a correr por conta do que seria feito, anulação dos dois votos, anulação de um deles ou nova votação.
Os Senadores apresentados, pelos partidos, como auditores e escrutinadores, depois de terem falhado nessa missão, decidiram por nova votação, o que provocou reações diversas e contestações de que os mesmos não poderiam decidir e sim o plenário como um todo.
Após decidida a questão e convocada nova votação, partidários de Renan, que diferentemente dos outros Senadores não revelaram seus votos, passaram a condenar a atitude de abrir o voto, colocando que isso era uma maneira de intimidação.
Com a segunda votação próxima de ser iniciada, o que funcionou e bem, foi o moderno picador de papel que, como a velha urna de madeira, aceitou tudo o que colocaram em seu interior, ou seja, os 80 envelopes e 82 cédulas.
Foto © Geraldo Magela/Agência Senado