Como não negar a gravidade do COVID, se até hoje há quem negue o holocausto nazista?

30/04/2020 13h58 - Atualizado há 3 anos

Quantos precisam perder a vida, infectados pelo Coronavírus, para que certas pessoas reconheçam a gravidade da pandemia?

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Divulgação

A gravidade da pandemia de coronavírus está sendo negada, por muitas pessoas, assim como ainda hoje muitos negam o holocausto nazista.

As semelhanças são muitas, não só com relação a plasticidade de imagens, depoimentos e eventos, como na questão de a quem interessa minimizar essa devastadora pandemia.

Seis milhões de judeus foram exterminados em campos de concentração, com muitos vídeos, fotos e documentos atestando as execuções em massa, mortes por inanição e excesso de esforços físicos em trabalhos forçados.

Muitos foram enterrados em covas coletivas e outros tantos tiveram seus corpos queimados em fornos crematórios industriais, sem que familiares pudessem velar e chorar a perda de seus entes queridos.

No Brasil, o Coronavírus nos transporta para uma realidade bastante parecida com o holocausto nazista, algumas autoridades negam sua gravidade e outras minimizam sua letalidade. Tratam as mortes, que se avolumam dia a dia, como fakes, como notícias falsas criadas para prejudicarem o "REGIME".

Enquanto isso, com a ignorância de alguns e a má fé de outros, a população se infecta, muitos ao mesmo tempo, não dando ao sistema de saúde, já precário e combalido, a possibilidade de atender a demanda, saturando a capacidade de salvar vidas e tendo que escolher quem vive e quem morre.

Mas como no holocausto, onde muitos alemães não se preocuparam com a morte dos 6 milhões de judeus e sim com o lucro que teriam com isso, no caso do corona não é diferente, se nega a gravidade para se continuar lucrando, mesmo que isso nos leve à valas coletivas, como já estamos vendo em Manaus. Onde corpos estão sendo sepultados, com caixões empilhados, sem que a família possa fazer um velório ou um enterro digno.

Podem continuar negando o CORONAVÍRUS, como alguns negam o HOLOCAUSTO NAZISTA, mas não esqueçam que durante a segunda guerra não havia internet e muito menos redes sociais, locais onde hoje está assinada sua confissão de culpa, confissão essa que deverá ser utilizada para que seja punido, assim como foi punida a grande maioria dos responsáveis pelo HOLOCAUSTO.

Por TONI REIS