CNI quer implantar trabalho escravo no Brasil, até 80 horas semanais

08/07/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

Enquanto se discute a vida e crimes de políticos importantes, uma boa parte deles trabalha, nos bastidores, em votações quase sempre sem publicidade, onde são aprovados temas de extrema relevância para o povo brasileiro. A terceirização do trabalho, mudanças em conquistas trabalhistas, mas talvez um dos maiores crimes a serem cometidos contra o mal pago trabalhador brasileiro, seja a IMPLANTAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO, capitaneada pela Confederação Nacional da Indústria, que pleiteia o aumento da jornada semanal de trabalho para até 80 horas semanais.

O principal interlocutor é  o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, que nesta sexta-feira (8) defendeu que o Brasil adote iniciativas parecidas com as do governo francês, que conseguiu autorizar uma carga horária de até 80 horas semanais e de 12 horas diárias para os trabalhadores. Suas declarações foram dadas após uma reunião com o presidente interino Michel Temer e cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação).

Segundo ele, para o governo diminuir o rombo nas contas públicas serão necessárias mudanças duras tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas.

Faça um cálculo simples e rápido, um trabalhador brasileiro, que reside em regiões metropolitanas e trabalha longe de sua residência, situação em mais de 80% casos, levando em média 2 horas para chegar ao trabalho, trabalhando 12 horas e levando mais duas horas para retornar a sua residência, consome 16 horas de seu dia, como precisa de 8 horas de sono para recuperar da fadiga dos deslocamentos e do trabalho, completa as 24 horas do dia, quanto lhe sobra para o lazer, para fazer algum curso de aperfeiçoamento ou mesmo tempo para dedicar a sua família?