A Polícia Civil de Sidrolândia já identificou o suspeito de arrombamento ocorrido na última terça-feira (18). Mesmo com a identificação e farta quantidade de provas a Policia está de mãos atadas, pois as vítimas, até o presente momento, não procuraram a DEPOL para registrar a ocorrência, fato que por si só já inviabiliza a manutenção do suspeito na cadeia, mesmo que este seja capturado, pois expirou o prazo do flagrante.

Na manhã desta sexta-feira (21) conversamos com o Dr. Diego Dantas Santos, um dos Delegados da DEPOL de Sidrolândia, que nos colocou as questões acima. O Delegado afirma que muitas vezes as próprias vítimas, por desconhecimento de causa, acabam inviabilizando o trabalho da perícia, pois arrumam ou limpam a cena do crime e, num linguajar policial, contaminam as provas, principalmente as impressões digitais, além de demorarem para fazer o registro da ocorrência (BO), dando ao meliante a oportunidade de escapar do flagrante.

Dr. Diego também falou da importância do registro da ocorrência, que as vítimas não devem desacreditar do trabalho policial, pois a polícia, mesmo com as dificuldades conhecidas por todos, tem solucionado muitos casos e efetuado muitas prisões.

Muito do descrédito colocado nos ombros da polícia e da justiça é culpa de nosso código penal, arcaico e cheio de brechas, que motiva a sociedade a se sentir indefesa contra a criminalidade, dando margem a bordões como: A polícia prende e a justiça solta.

Os policiais também se sentem impotentes diante da situação, principalmente quando prendem meliantes pela terceira, quarta, quinta vez.

Outro termo que desalenta, tanto a policia como a sociedade, é a tal passagem, palavra comum de ser empregada quando da prisão de autores de furto, roubo, assalto e até assassinatos. A passagem é o registro de uma ocorrência pela autoridade policial, mas na maioria das vezes é só o fato do criminoso passar pela delegacia, pois como não possui condenação, acaba sendo posto em LIBERDADE, conferindo ao cidadão honesto e trabalhador a verdadeira PRISÃO.