Vereadores voltam a “sumir” e eleição da Mesa da Câmara é adiada mais uma vez

09/12/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Como ocorreu na tarde de sexta-feira (7/12), os oito vereadores da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR) não acataram o chamado da Mesa Diretora e se ausentaram da sessão que elegeria o presidente da Câmara de Dourados para o próximo biênio. 

A nova tentativa de se escolher a composição responsável pelo comando da Casa nos anos de 2019/2020 ocorreu neste sábado (8/12). Sem quórum – é preciso maioria simples, ou seja, 10 dos 19 parlamentares -, o encontro foi encerrado minutos depois do seu início.

Uma nova data foi agendada, domingo (9), às 14h, no Plenário da Câmara.

Caso ocorra nova ausência, as convocações serão realizadas sucetivamente até que haja número de vereadores suficiente para a votação. 

Apenas Alan Guedes (DEM), Daniela Hall (PSD), Sérgio Nogueira (PSDB), Marçal Filho (PSDB), Madson Valente (DEM), Lia Nogueira (PR), Elias Ishy (PT) e Olavo Sul (PEN) compareceram.

Alan é candidato a presidência da Mesa e concorre com Pedro Pepa (DEM), preso na quarta-feira dentro da Operação Cifra Negra, que investiga esquema de corrupção dentro da Casa. 

Faltosos 

Mais uma vez os faltosos foram Júnior Rodrigues (PR), Silas Zanata (PPS), Bebeto (PR), Jânio Miguel (PR), Juarez de Oliveira (MDB), Carlito do Gás (Ptriota), Cido Medeiros (DEM) e Romualdo Ramim (PDT). 

Além deles, as ausências se estendem a Idenor Machado (PSDB), Cirilo Ramão (MDB) e Pepa, presos desde a quarta-feira dentro da operação. 

Justificativa 

Momentos depois do encerramento da sessão de sexta-feira, o grupo de ausentes encaminhou nota à imprensa explicando os motivos do boicote em massa à eleição da Mesa Diretora.  

No documento, assinado por todos os integrantes, eles argumentam ter ficado ‘assombrados’ com a direção da Casa, que, segundo os parlamentares, simplesmente retardou a resposta ao requerimento de substituição dos membros da chapa Legislativo Forte como instrumento de manipulação oblíqua e ostensiva do processo eleitoral em questão”, diz. 

A situação refere-se a tentativa do grupo de trocar os nomes dos vereadores Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), candidatos a presidente e segundo secretário, presos, por Bebeto (PR) e Jânio Miguel (PR), respectivamente. 

A respeito do caso, o departamento jurídico da Casa deu o parecer que foi lido neste sábado, alegando a impossibilidade de mudança e  indeferindo o pedido. 

O prazo para os registros de chapa, conforme o regimento interno, é de até 48h antes do pleito, o que ocorreu.  

Em outro posicionamento, o grupo cita a não convocação de Maurício Lemes (PSB) para a posse como suplente de Idenor Machado (PSDB), outro legislador preso na quarta-feira, que na quinta pediu afastamento do cargo por 32 dias. 

Como argumentação eles alegam o fato da vereadora Lia Nogueira (PR) ter sido empossada horas após o pedido de afastamento de Denize Portollan (PR), no Presídio Feminino de Rio Brilhante desde a Operação Pregão, desencadeada em 31 de outubro.

Maurício seria mais um nome da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR) e poderia dar o voto salvador a Pedro Pepa num possível empate entre as duas chapas.  

Ele deve tomar posse na segunda-feira.

Por Adriano Moretto

Foto Adriano Moretto

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