Servidores aprovam paralisação se salários não forem pagos até sexta
Servidores municipais definiram em assembleia nesta segunda-feira (12), que caso a Prefeitura não efetue o pagamento dos 56% restante dos salários até sexta-feira (16) haverá paralisação das atividades. A definição ocorreu durante a tarde, em votação por maioria absoluta, na sede do Sinsemd (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Dourados).
Diante de não quitação dos proventos, na data definida (16), a paralisação acontecerá na sexta-feira (16). Conforme a categoria, caso persista a situação ou não ocorra um posicionamento sobre o pagamento dos salários após a paralisação, na segunda-feira (19), os servidores se reúnem novamente e devem adotar medidas mais drásticas.
Rosa Helena Catelan, presidente do Sinsemd, disse que o Executivo será notificado sobre as definições da assembleia, na terça-feira (13). Ela esclareceu que, caso aconteça o pagamento dos salários, até a sexta-feira (16), a categoria não paralisará as atividades.
Outro ponto deliberado em assembleia já adota medidas por parte da classe, caso o atraso salarial persista nos meses seguintes.
“Já foi definido que se nos próximos meses, não sair pagamento no quinto dia útil, no outro dia vamos notificar o Executivo e não pagando no prazo de 72 horas, optaremos por paralisação”, explicou.
Para o presidente do Previd, Theodoro Huber, a situação é grave e preocupa a toda categoria. Ele afirma ainda que a ‘correção’ dos valores por atraso de pagamento, sinalizada pela prefeitura é insuficiente.
“Salário é alimento! A pessoa que recebeu menos de R$ 500, não põe a mesa, então podemos dizer que temos servidor que tá passando fome, servidor que não pagou seu aluguel, que entrou no rotativo do cartão de crédito. O município vai pagar 0.5% desses dias atrasados, chega a ser vergonhoso, perto dos juros que são cobrados em cartão e em outros”, destaca.
Huber afirma ainda que a Prefeitura tem deixado de efetuar repasses referentes a previdência. Conforme ele, em julho cerca de 1,3 mi deixou de ser repassados pelo Executivo de um total que alcança em média R$ 7 mi por mês.
“Com que o município paga, nós conseguimos com repasse mensal pagar aposentadoria, pensão e nossos servidores. Caso o Executivo não repasse, teremos que começar a fazer resgate dos nossos investimentos, ou seja, aquilo que ia estar rendendo estaremos resgatando para pagar a folha”, diz.
Sobre o fato, Huber afirma que medidas estão sendo tomadas, dentre estas notificação ao município,ao conselho curador e fiscal, sendo que as próximas medidas são notificar o Ministério Público e posteriormente medidas judiciais.
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