Promotor cobra comissões sobre vereadores acusados na Cifra Negra
O Ministério Público Estadual encaminhou documento à Câmara de Dourados, buscando posicionamento das comissões de investigação em relação ao andamento dos processos que podem levar a cassação de três vereadores suspeitos de participar de esquema de corrupção que resultou na Operação Cifra Negra.
Na noite de ontem (7/5), Denize Portollan (PR), presa em 31 de outubro em decorrência de outra operação, a Pregão, acabou cassada por unanimidade e perdeu os direitos políticos.
De acordo com o ofício a qual o Dourados News teve acesso, o presidente da Casa, vereador Alan Guedes (DEM), é notificado pelo promotor Ricardo Rotunno, da 16ª Promotoria de Justiça, a apresentar, em 10 dias, sob pena de incidir nas sanções previstas em lei, informações sobre o andamento de cada caso.
Conforme apurado pela reportagem, até o momento nenhuma das processantes que investigam Pedro Pepa (DEM), Idenor Machado (PSDB) e Cirilo Ramão (MDB), suspeitos de participarem de esquema de corrupção através de fraudes em licitações na Câmara, entregaram os seus pareceres.
O prazo final para que isso ocorra é 19 de maio e até o momento, nenhuma reunião teria sido convocada pelos presidentes de cada comissão.
As comissões
As comissões processantes instaladas na Câmara de Dourados investigam crimes de quebra de decoro por parte dos parlamentares citados.
Estão responsáveis pelo parecer de Cirilo Ramão (MDB) os vereadores Bebeto (PR), presidente, como relator Junior Rodrigues (PR) e membro, Silas Zanata (PPS).
Já a que investiga Pedro Pepa (DEM) é composta por Carlito do Gás (Patriota) na presidência, Jânio Miguel (PR) relator e Olavo Sul (Patriota), membro.
Por fim, a comissão que apura denúncia contra Idenor Machado (PSDB) tem a presidência de Jânio Miguel (PR) e Junior Rodrigues (PR) e Cido Medeiros (DEM), relator e membro, respectivamente.
Por Adriano Moretto
Foto THIAGO MORAIS/CMD
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