Para não perder controle e auxiliar em questões burocráticas, associação quer realizar censo venezuelano em Dourados

15/08/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Sendo a 2ª cidade que mais recebeu venezuelanos durante a Operação Acolhida, do Governo Federal, Dourados deve em breve ter um censo que reunirá todas as informações do grupo refugiado. Conforme estimativa da associação Dunamis Multicultural, cerca de 1200 a 1500 venezuelanos vivem na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. 

Encabeçada por imigrantes, a organização tem o propósito de identificar o número real de refugiados morando no município e atestar as condições em que essas pessoas estão vivendo. Com isso, será possível oferecer apoio em burocracias e assistência nas necessidades do dia a dia. 

A presidente da Dunamis, Rosana Daza, veio da Venezuela com o marido e duas filhas pequenas em 2015. A família chegou a Itaquiraí/MS e posteriormente a se mudou para Dourados pois o esposo da venezuelana, que é cubano, iria iniciar os estudos de doutorado em agronomia. 

De lá pra cá a situação do país da imigrante só piorou e o número de refugiados aumentou de forma exponencial. Em todo mundo já são cerca de 4 milhões de pessoas fora do território venezuelano, massacrado pela inflação e pela violência urbana. 

“A principal função é auxiliar na burocracia, mas queremos também tomar a cultura como parte de inserção nesse trabalho. Não podemos fazer nada sem considerar o brasileiro. O que gostaríamos com essa associação é auxiliar obviamente os venezuelanos, mas também contribuir em conhecimento com o douradense, para que eles conheçam a nossa cultura, quem nós somos, nossos costumes. É um trabalho para integração mesmo”, explica Rosana. 

Para levantar esses dados, a venezuelana pretende inicialmente ‘bater de porta em porta’ em todas as organizações que contribuíram para a operação Acolhida, levantando os dados que eles possuem para a partir disso desenvolver o censo. 

“Queremos ser um intermediário. Não queremos ser independentes, queremos somar. A ajuda dessas organizações é fundamental e queremos nos unir auxiliando nesse contato. Isso é para organização, centralização das nossas necessidades”, afirma. 

Conforme a associação já conseguiu identificar, os principais bairros que abrigam essa comunidade são Jardim Maracanã, Jardim Flórida e Parque Alvorada.

Por Vinicios Araújo

Foto Vinicius Araújo

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