Júri termina com pena de 17 anos para madrasta de bebê morto e liberdade do pai
Júri popular restrito às famílias e testemunhas iniciou às 8h e só acabou depois das 22h
Iniciado às 8h desta terça-feira (10), o júri popular dos acusados pela morte do bebê Rodrigo Moura Santos, de um ano e meio de idade, em Dourados, ocorrida na manhã de 16 de agosto de 2018, terminou já depois das 22h com a condenação da madrasta, Jéssica Leite Ribeiro, de 24 anos, por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e do pai, Joel Rodrigo Avalo dos Santos, de 28 anos, por homicídio culposo, sem intenção de matar.
Condenda à pena de 17 anos e cinco meses de prisão em regime inicial fechado, Jéssica deve permanecer presa no Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá, de onde foi ouvida hoje por sistema de videoconferência, mas o advogado de defesa, Osmar Blanco, informou ao Dourados News que vai recorrer para provar que a morte foi acidental.
Joel, por sua vez, teve a condenação estabelecida em um ano e 15 dias. No entanto, por já estar preso há um ano, seis meses e 25 dias, deverá ser solto da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A defesa dele, feita pelos advogados Renan Pompeu e Vitor Cesar Caceres de Freitas, espera que seja expedido alvará de soltura na quarta-feira (11).
Restrito às famílias e testemunhas, o júri popular foi presidido pelo juiz Eguiliel Ricardo da Silva. Já A sustentação oral da acusação foi feita pelo promotor Luiz Eduardo de Souza Sant Anna Pinheiro, titular da 12ª Promotoria de Justiça de Dourados.
A morte de Rodrigo ocorreu em uma casa na Rua Presidente Kennedy, no Jardim Márcia, em Dourados, onde moravam o bebê, uma irmã de três anos, o pai, e a madrasta. Na ocasião, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado para atender vítima de engasgamento. Contudo, exames constataram ferimentos provocados por possíveis agressões.
Por André Bento e Osvaldo Duarte - DOURADOS NEWS