Estado pede 120 agentes da Força Nacional para evitar confronto em Caarapó e região

31/08/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Ofício foi encaminhado hoje ao Ministério da Segurança Pública

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul encaminhou hoje ao Ministério da Segurança Pública ofício solicitando celeridade no envio da Força Nacional de Segurança Pública para mediar conflito entre produtores rurais e indígenas da aldeia Tey Kue, em Caarapó.

Segundo o secretário Antônio Carlos Videira, titular da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), foram requisitados três pelotões com o total de 120 agentes, para fortalecer o policiamento também na região sul, em cidades como Paranhos, Antônio, Amambai e Sete Quedas, onde há outras aldeias.

A medida se faz necessária porque no final de semana passado, a Fazenda Santa Maria, localizada na zona rural de Caarapó, foi invadida por moradores da Tey Kue que pilharam o local roubando móveis, eletrodomésticos, equipamentos e até mesmo animais de criação.

Durante a ação, funcionários foram mantidos reféns e libertados somente intervenção da Polícia Militar, com apoio do Departamento de Operações de Fronteira, Força Tática e Batalhão de Choque. “Tivemos que intervir para controlar a situação e agora esperamos a Força Nacional para impedir que haja conflito”, disse Videira.

Ontem, o secretário participou de reunião com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de procuradores da Advocacia-Geral da União (AGU), em busca de soluções práticas para amenizar a tensão, uma vez que fazendeiros estariam ameaçando retaliação, principalmente depois do latrocínio (homicídio com objetivo de roubo) de um fazendeiro, supostamente cometido por um indígena que acabou preso em flagrante. “O que a gente discutiu com a Funai e AGU é que não queremos que haja confronto, tudo deve ser resolvido de forma pacífica”, explicou o secretário.

Além de solicitar a presença urgente da Força Nacional, o Estado também vai pedir para que a Polícia Federal faça rondas com viatura caracterizado nos finais de semana, em Caarapó, como forma de prevenir novos delitos.  Conforme apurado, a fazenda foi invadida domingo por aproximadamente 100 índios da etnia Guarani-Kaiowá. A propriedade pertence a um médico de São Paulo. 

Por RENAN NUCCI - Correio do Estado

 Foto: Divulgação