CÂMARA DE DOURADOS: Nova empresa de TI custará, por mês, R$ 18 mil mais barato do que valor pago à Quality

26/03/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A Câmara de Vereadores de Dourados contratou empresa especializada em serviços de tecnologia da informação e agora já disponibiliza a prestação de contas por meio do Portal da Transparência. O custo pelo serviço obteve diferença de 52% no valor que antes era pago à Quality Sistemas, empresa envolvida no esquema de corrupção que motivou a Operação Cifra Negra em dezembro passado. 

O contrato, fruto de dispensa de licitação, foi assinado em fevereiro e possui caráter temporário de 90 dias, com possibilidade de prorrogação máxima de mais três meses. O valor empenhado para a prestação ficou em R$ 49.500,00. 

A mensalidade do sistema vai custar para a Casa de Leis R$ 16.500,00. Em novembro, a última mensalidade paga à Quality foi de R$ 34.534,80. Uma diferença de aproximadamente 52% para o fornecimento dos mesmos serviços. 

Segundo a Assessoria de Comunicação da Casa, o contrato da Quality sofreu último aditivo em dezembro de 2017, sendo estendido ao período de mais 12 meses. 

De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores, Alan Guedes (DEM), a expectativa é de que antes que o contrato encerre, já seja encaminhado o pregão que irá definir a empresa prestadora de serviço permanente à Casa de Leis. 

“Queremos encaminhar esse processo e só estamos aguardando a migração de dados para lançar o certame e receber as inscrições de participação da disputa licitatória. Acredito que não será preciso nem mesmo estender o prazo aditivo no contrato temporário”, afirmou. 

A empresa N & A Informática faz agora a migração dos dados. 

CIFRA NEGRA

Em dezembro do ano passado, a Operação Cifra Negra, deflagrada pelo Ministério Público Estadual com apoio da Polícia Civil, prendeu três vereadores, um ex-parlamentar, dois ex-servidores e vários empresários do ramo de TI. 

Ele formariam um esquema criminoso que fraudava processos licitatório com o objetivo de monopolizar a prestação ao Grupo Quality. Para isso, foi criado vínculo com parlamentares da Mesa Diretora desde 2010 e de lá para cá eles recebiam propina para viabilizar o comprometimento dos processos.

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Por Vinicios Araújo

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