Uma pessoa morre a cada quatro dias no trânsito de Campo Grande

24/02/2022 14h52 - Atualizado há 2 anos

De janeiro até agora, 13 foram vítimas de acidentes, 9 delas pilotavam motos

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Arquivo/ Correio do Estado

CELSO BEJARANO

De janeiro até agora, período de 55 dias, 13 pessoas morreram vítimas de acidente de trânsito em Campo Grande, uma média de quatro óbitos a cada quatro dias, segundo dados divulgados pela Agetran (Agência Municipal de Trânsito).

Entre as vítimas, nove eram condutoras de motocicletas, informou a agência de trânsito.

O último caso ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24), num cruzamento da vila Monte Castelo. Acadêmica de Psicologia, Maria Rita Portela de Souza, de 25 anos, morreu no local do acidente.

Boletim de ocorrência anotado por policiais militares diz que a tragédia ocorreu por volta da 1h da madrugada, na esquina da avenida Mascarenhas de Moraes com a avenida Monte Castelo.

A motocicleta pilotada pela estudante bateu de frente num Hyndai HB20, conduzido por um homem de 29 anos, cujo nome não aparece no boletim policial. Nem as circunstância do acidente.

Logo depois do choque dos veículos, pessoas que viram a cena acionaram o Samu, contudo, a universitária morreu antes dos socorristas chegarem.

Pelas redes sociais, amigos e parentes Maria Rita lamentaram a morte. A família dela mora em Coxim, cidade distante 253 km Campo Grande.

Pelas mensagens nota-se Maria mudou-se para a Capital com a intenção de estudar e trabalhar.

Reportagem especial sobre mortes no trânsito de Campo Grande, publicada pelo Correio do Estado, na edição de ontem, diz que ano passado 75 pessoas morreram no trânsito, 49 das quais conduziam motocicletas.

Na reportagem, o professor especialista em trânsito Carlos Alberto Pereira, afirmou que o alto índice de motociclistas mortos em acidentes pode ter ligação a uma lista de fatores, como o alto número de pessoas pilotando sem habilitação.

“Você pode analisar vários aspectos, como a questão de manutenção dessas motocicletas, a ausência de fiscalizações de trânsito e a falta de vistorias das condições do equipamento básico, como freio e setas. Além de um número muito alto de motociclistas não habilitados, e isso favorece acidentes, não podemos esquecer da necessidade de conscientização dos motoristas com aqueles mais vulneráveis também”, opinou o especialista.

CORREIO DO ESTADO