Servidores esperam contraproposta da Prefeitura e ponderam greve em caso de reprovação
Profissionais de Assistência Social e Saúde foram convocados e esperam demais pedidos aceitos além de reposição da inflação já garantida
Conforme anunciado nesta segunda-feira (15), no Diário Oficial de Campo Grande, os servidores municipais, profissionais da Saúde e da Assistência Social, anunciaram a assembleia da categoria para discutir a contraproposta da Prefeitura, já pautando deliberação de calendário de início de greve diante de reprovação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores e Funcionários municipais de Campo Grande (Sisem), Marcos Tabosa, a reposição da inflação - como adiantou o jornal Correio do Estado - já está garantida, sendo necessário também o aumento e incorporação de outros pontos.
"Tanto a secretária Márcia Hokama como a prefeita Adriane Lopes anunciaram que dará a reposição da inflação. Só que o servidor público, ele não vive só disso. Nós temos penduricalhos que precisam ser incorporados ao salário. Precisa aumentar e ser incorporado e é possível, né, só ter vontade política", disse ele.
Pelo texto do Diogrande, a assembleia servirá para apresentação e discussão da contraproposta de reajuste salarial apresentado pelo executivo, assim como será o espaço para decidir se aprovam ou declinam os valores apresentados pela prefeitura.
Possível greve
Como salienta o terceiro ponto da convocação, em caso de reprovação, a assembleia já servirá para a deliberação de calendário de início de greve, assim como outros assuntos.
"O sindicato tava enviando as propostas, mostrando o caminho e dialogando com o executivo para chegar num termo razoável. A gente sabe que não está fácil, mas os servidores não podem pagar essa conta. A prefeitura está com dificuldade, mas a culpa não é nossa", pontua Tabosa.
Ainda, especificamente sobre a greve, ele frisa que é a assembleia quem decide esse futuro, e a expectativa do Sindicato é que a prefeita venha com uma boa proposta. "Se a proposta for boa, a assembleia não vai ter dificuldade de aprovar", comenta.
Marcos Tabosa ainda lembra uma medida que pode trazer economia (de até 35,72%, segundo o presidente do Sisem) para os cofres municipais, a execução de concursos públicos.
"O gestor precisa ter o entendimento que tem que ter [concurso público]. A Prefeitura não faz concurso, fica repassando para o IMPCG quase R$ 7 milhões todo mês. O Executivo está criando uma massa falida de servidores, que ganham menos que um salário mínimo no 'base'. É um absurdo", finaliza ele.
LEO RIBEIRO
MIDIAMAX