Serviço remoto de fortalecimento familiar da SAS é aprovado por 92% dos usuários

26/02/2021 10h04 - Atualizado há 3 anos
Cb image default
Divulgação

Quando as atividades presenciais que frequentava há mais de um ano no Centro de Convivência Elias Lahdo, no Bairro Monte Castelo, foram suspensas devido à pandemia, a professora aposentada Lindinalva Martins Aquino, 70 anos, ficou apreensiva.

“Foi um momento crítico e tive que buscar outras alternativas como a costura, leitura e pintura para me manter ocupada. Mas não foi suficiente, porque sentia muitas saudades da convivência com os amigos do CCI. Além disso, meu corpo sentiu a falta dos exercícios físicos que praticava com os professores”, lembra.

Cb image default
Divulgação

Com a implantação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos na modalidade remota da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), o contato, mesmo que virtual, com os profissionais e amigos do CCI voltou a fazer parte da rotina de Lindinalva.

Além das atividades que estimulam a convivência, postadas pelos profissionais da unidade, ela agora também troca mensagens de apoio e informações pelo grupo de WhatsApp criado pelo CCI.

“É maravilhoso esse trabalho. Os profissionais são carinhosos e zelosos com a gente. Se todos entendessem esse benefício, da prática da convivência e da boa amizade, teriam a vida transformada”, ressaltou.

A declaração da aposentada reflete o grau de satisfação dos usuários do serviço remoto, implantado há quatro meses.

Segundo a gerente da Rede de Proteção Básica, Gizeli Motta do Prado, a estratégia criada pelos técnicos do setor consiste no envio de atividades de forma remota, via canais digitais, como grupos de WhatsApp e, em algumas situações, por meio de vídeo chamadas.

A proposta é garantir a continuidade do trabalho de fortalecimento de vínculos, que antes da pandemia ocorria de forma presencial dentro dos serviços de convivência oferecidos pelos Cras e Centros de Convivência do Idoso.

O serviço era desenvolvido por meio de ações socioeducativas, como rodas de conversa e dinâmicas de grupo e que agora foram adaptadas para os canais digitais, intermediadas por educadores e facilitadores sociais.

Análise

Para avaliar a qualidade do trabalho desenvolvido, a equipe da Gerência da Rede de Proteção Básica realizou uma pesquisa inédita e ouviram 300 usuários com o intuito de verificar a efetividade do serviço remoto e se há necessidade de readequação das atividades para atender a real necessidade dos usuários.

No total, 92,3% das pessoas disseram estar satisfeitas ou muito satisfeitas com as ações remotas. A pesquisa ainda revelou que o serviço está contribuindo para o bem-estar de 81,7% dos usuários. Como o foco é garantir que as atividades remotas tenham o mesmo resultado das ações presenciais, a equipe elaborou um minucioso roteiro seguido pelos educadores sociais e técnicos das unidades, responsáveis pela elaboração e aplicação das atividades.

O documento orienta quanto à implantação das atividades e métodos para avaliar a efetividade das ações. Além disso, são feitas reuniões periódicas para analisar o serviço oferecido nos grupos virtuais. O objetivo é apoiar as famílias em situação de isolamento, levando-se em conta as peculiaridades de cada núcleo familiar e os impactos do isolamento entre idosos e jovens, públicos-alvo das atividades.

“Famílias que já sofriam vulnerabilidades relacionadas, como conflitos, abandono, isolamento e preconceitos, tiveram essas situações agravadas com a pandemia, por isso o resultado da pesquisa nos deixou muito satisfeitos, já que a adesão demonstra a importância da implementação do serviço remoto para amenizar o impacto prejudicial da pandemia na qualidade de vida destes usuários”, ponderou Gizeli.

Novo projeto

Os resultados obtidos mostraram à equipe que a dinâmica tem conseguido atingir o objetivo, prova disso é o crescente número de usuários do serviço, que hoje conta com 440 pessoas, principalmente na faixa etária acima de 60 anos, o que totaliza 65,7% do público inscrito no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, seguido dos jovens entre 6 e 15 anos, que representam 18,4% do público.

Com base nos resultados positivos, a equipe da Rede de Proteção Básica está implantando agora, um projeto de atendimento via telefone, já que muitos usuários ainda encontram dificuldade na comunicação digital ou não possuem internet.

O contato com as famílias deverá ser realizado regularmente, pois o objetivo é resgatar e fortalecer o vínculo dos usuários com a unidade que frequentavam antes da pandemia e estabelecer uma rede de apoio e proteção.

Assim como ocorre na dinâmica virtual, os técnicos irão conversar com o usuário e identificar as dificuldades que ele esteja passando no que diz respeito ao isolamento social

A ideia é que as pessoas se sintam acolhidas durante o diálogo. Dessa forma será possível estabelecer as atividades adequadas às suas necessidades.

CGNotícias - Agência Municipal de Notícias de Campo Grande