Sem reajuste há dois anos, enfermeiros e técnicos de enfermagem cogitam greve na Capital

23/03/2022 15h24 - Atualizado há 2 anos

Categoria reivindica o pagamento do adicional de insalubridade e correção do valor do auxílio alimentação

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Divulgação

ANA CLARA SANTOS

Há dois anos na linha de frente contra a pandemia de Covid-19 e sem reajustes salariais, enfermeiros e técnicos de enfermagem de Campo Grande irão se reunir em assembleia para decidirem se entram em greve para reivindicarem um posicionamento do Poder Executivo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem da Capital (Sinte/PMCG), Ângelo Macedo, a prefeitura havia feito um acordo com a categoria para que o adicional de insalubridade fosse regulamentado até novembro de 2021 e começasse a ser pago em janeiro deste ano.

Contudo, o executivo não cumpriu a promessa e por conta disso, a categoria busca uma compensação indenizatória. Ainda de acordo com Ângelo, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad até se predispôs a pagar esse adicional, porém, com a cláusula fiscal, isto é, esse pagamento só seria feito quando as contas públicas não estivessem mais no vermelho.

“Precisamos de alguma compensação porque temos dois anos de enfrentamento da pandemia sem reajuste nenhum”, destaca.

Ainda conforme a categoria, a Prefeitura inclusive se comprometeu a conter gastos com cargos comissionados e, se necessário, promover a redução de pessoal para que os cofres públicos tivessem verbas para o cumprimento do acordo com os profissionais.

Outra reivindicação dos enfermeiros e técnicos é que o reajuste anual 10.6% seja aplicado e o valor do auxílio alimentação seja reajustado para R$ 494,00, assim como o de outras categorias de servidores públicos municipais.

Por outro lado, como a Prefeitura já enfrenta um processo judicial movido pelo sindicato pelo não pagamento do adicional noturno de forma correta, a entidade propôs que esse pagamento fosse feito de forma imediata conforme cada plantão feito pelo profissional e o pagamento dos últimos cinco anos de forma corrigida.

Entretanto, essa proposta não foi acatada pelo Poder Executivo.

"Nós não queremos greve, queremos medidas compensatórias financeiras imediatas pelo não cumprimento do acordo proposto pelo Município, mas o movimento grevista é a única resposta que possuímos enquanto categoria para a injustiça cometida", conclui.

CORREIO DO ESTADO