Sem acordo sobre pagamento, enfermagem vota início de greve nesta sexta em Campo Grande

24/03/2022 15h37 - Atualizado há 2 anos

Categoria pede acordo para pagamento de adicional de insalubridade e indenização compensatória

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Divulgação

Os enfermeiros que atuam na rede pública de saúde de Campo Grande irão votar, nesta sexta-feira (23), sobre a deflagração de greve no município. A categoria alega o não cumprimento de acordo para o pagamento do adicional de insalubridade. Caso aprovada, a paralisação terá início na próxima semana.

De acordo com o presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), Ângelo Macedo, as negociações sobre o assunto ocorrem desde o ano passado, a categoria e executivo não chegaram a um acordo.

“Estávamos em negociação sobre o reajuste anual e outro que versava sobre a insalubridade. Esse acordo teria regulamentado o decreto da insalubridade até novembro de 2021 e os pagamentos ocorreriam a partir de 2022”, alegou Macedo.

O presidente sindical explica que o reajuste foi pago conforme a lei, mas o acordo sobre a insalubridade da categoria não, fato que levou o sindicato a exigir uma compensação indenizatória, pois um acordo com cláusula fiscal, não resultaria em pagamento para os enfermeiros

“Pedimos que seja regulamentado [o acordo sobre pagamento do adicional de insalubridade], mesmo com cláusula fiscal, nós teremos ele regulamentada. Já é um passo. Ainda com essa regulamentação, não teremos um aporte financeiro por isso pedimos essa compensação indenizatória”, explicou Macedo.

A categoria também exige a demissão de funcionários comissionados, “porque conforme a lei de responsabilidade de fiscal é uma exigência para ajuste das contas públicas”, disse o presidente do Sinte.

Com todo o imbróglio, a categoria realizará votação para deflagração de greve. Macedo explica que a votação para indicativo de greve já ocorreu sendo aprovada. “Vamos votar pela greve manhã, se for aceita irei encaminhar para o executivo na segunda, então a greve deve começar após 72h”, comentou.

Vale lembrar que, por se tratar de uma categoria que exerce serviço essencial, 30% dos profissionais devem permanecer atendendo serviços de urgência e emergências nas UPAS (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde).

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para posicionamento.

por Gabriel Neves

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