Professores rejeitam parcelamento de reajuste proposto pela Prefeitura Municipal de Campo Grande

16/12/2022 09h33 - Atualizado há 1 ano

A tentativa de acordo era escalonar em três vezes o reajuste de 10,39%; categoria fez contraproposta

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Judson Marinho

Na tarde desta quinta-feira (15) os professores da Rede Municipal de Ensino (REME) votaram contra a nova proposta de acordo realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande que previa escalonar o reajuste de 10,39% em três vezes.

Com a reprovação da proposta de escalonamento, a categoria votou a favor de uma contraproposta, sendo 3,42% em janeiro e 6,97% em março de 2023. Com isso, será encaminhado nesta sexta-feira (16) para avaliação da prefeita Adriane Lopes e na segunda-feira (19) haverá nova assembleia para deliberação.

"A votação foi realizada por unanimidade, pelos mais de 700 professores aqui presentes e a assembleia vai encaminhar a contraproposta para a prefeita, já que a mesma não encerrou o diálogo. Aprovamos a contraproposta com o mesmo índice que ela deu de 3,42% para janeiro, mas com 6,47% para março, sendo de forma integral para profissionais ativos e inativos", afirmou Gilvano Bronzoni, presidente da ACP.

A nova proposta de acordo, realizada pela Prefeitura, previa três parcelas do reajuste, sendo 3,42% em janeiro de 2023, outros 3,48% em maio e o restante 3,48% em dezembro. Esse valor era esperado pela categoria como forma integral, na folha de pagamento de novembro deste ano. Além disso a proposta não abrangia os professores aposentados e foi um dos motivos por ter sido rejeitada.

A votação foi em assembleia realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS)

Entenda

Em 2021, não foi aplicado o reajuste previsto no piso nacional do magistério, com isso em 2022 o índice de reajuste foi de 33,24%.

Em março deste ano, a categoria negociou com a Prefeitura Municipal e conquistou a Lei Municipal nº 6.796/2022, que restabeleceu a política salarial do Piso 20h.

Os profissionais aceitaram fracionar o reajuste devido até 2024. Nesse caso, em novembro deveriam ter na folha de pagamento 10,39% de reajuste e em dezembro mais 4,78%, porém a Prefeitura não cumpriu o acordo.

A situação em busca de negociações começou em 24 de novembro, e após tentativas de negociação sem sucesso, votaram em fazer paralisação no dia 2 de dezembro.

Porém, após determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, através de um pedido da Prefeitura Municipal, encerraram a paralização em 8 de dezembro, sob multa de 50 mil por dia.

A Prefeita havia afirmado ao Correio do Estado, que iria realizar novos acordos após a posse do novo presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, que aconteceu nesta quinta-feira (15).

BIANKA MACÁRIO E JUDSON MARINHO

CORREIO DO ESTADO