Prefeitura recua, diz que limpeza resolve estragos e vai dispensar licitação só no Lago do Amor

06/01/2023 09h20 - Atualizado há 1 ano

Município cogitou decreto de emergência e até contratos sem licitação, mas voltou atrás

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Avenida do Lago do Amor submersa (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

A Prefeitura de Campo Grande recuou e deve providenciar contratação em caráter emergencial, sem licitação, para obras apenas na região do Lago do Amor, nos demais pontos da cidade as equipes estão fazendo reparos de limpeza e retirada de entulho. Até ontem (5), o município cogitava contratos sem licitação para recuperar outros pontos afetados pelas chuvas da última quarta-feira.

Nesta manhã, o secretário da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, informou ao Jornal Midiamax que, por ser um dos pontos mais danificados estruturalmente, o Lago do Amor necessita de reparos.

A prefeitura afirmou, ainda ontem em nota, que entendeu que os estragos decorrentes não configuram um quadro que exija um decreto de situação emergência.

“Em questão de licitação de emergência, será para o Lago do Amor, nos demais pontos não é necessário, [pois] está sendo feito serviço de limpeza, os estragos não foram tão significativos nesses lugares”, disse o secretário.

Sem prazo e valor definidos

Ainda não há prazo para lançamento ou valor estipulado para o contrato, pois o projeto está em elaboração para reconstrução do local próximo à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O trecho entre a passarela e o guard-rail continua interditado passa passagem de pedestres.

O secretário disse que cerca de 120 servidores estão nas ruas trabalhando em reparos, com apoio da Solurb para retirada dos entulhos, na manhã desta sexta. “Não tem balanço de quantos locais foram afetados, mas seriam mais de 10 pontos com problemas causados pela chuva”.

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Chuva cobriu Avenida (Foto: Nathalia Alcântara)

Caos em Campo Grande

Durante a quarta-feira (4), ruas de Campo Grande registraram alagamentos que invadiu casas e deixou carros submersos. Moradores tiveram que ser amparos e socorridos em meio à enxurrada na principais avenidas.

Dentre as vias mais prejudicadas, foram registrados situações caóticas na Avenida Ernesto Geisel, Rachid Neder, Fernando Corrêa da Costa e Nelly Martins. Entre os bairros, moradores do Caiobá, Noroeste, Jardim Balsámo, Parque do Sol, Nova Lima, Vila Alba e outros tiveram problemas pela chuva.

O município informou que está atendendo às famílias que tiveram prejuízos com as chuvas através de orientações e o benefício eventual, como entrega de cesta básica e cobertores. O benefício foi oferecido a 100 famílias.

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Avenida Via Park com a Afonso Pena em 2012 durante alagamento (Foto: Valmir Guarinão/Arquivo Pessoal)

Estragos de norte a sul

O lago do Parque das Nações indígenas transbordou e alagou a Via Park. Segundo a emadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), foram adotadas algumas medidas emergenciais, como a limpeza e remoção de entulhos que foram arrastados pelas águas.

“Tivemos problemas na rede de energia elétrica e rompimento da cerca em dois pontos. Vamos fazer uma contratação emergencial para proceder a esses reparos. Também vamos fazer uma contratação emergencial para limpeza do lago de contenção que fica acima do lago principal e que tem a função de reter os resíduos para evitar o assoreamento. Esse lago vem cumprindo bem seu papel e essa retirada dos resíduos é necessária porque já está na capacidade máxima”, disse o secretário da pasta, Jaime Verruck.

Também foram vistoriados pontos do córrego Joaquim Português, dentro do Parque Estadual do Prosa, para verificar se houve algum dano recente.

Karina Campos

MIDIAMAX