Perspectivas futuras de enfrentamento à COVID-19 e medidas de flexibilização são discutidas na Capital
As perspectivas futuras em relação ao enfrentamento da Covid-19 e as possíveis flexibilizações a serem adotadas diante de um cenário epidemiológico considerado estável e ampla cobertura vacinal, foram discutidas durante encontro realizado na tarde desta terça-feira (26), no teatro José Octávio Guizzo (Paço Municipal), com a presença de técnicos e gestores em saúde de Campo Grande, do Rio de Janeiro (RJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, fez um breve resgate das medidas adotadas pelo Município desde o início da pandemia, como a reestruturação da rede assistência, bem como a ampliação da oferta de leitos, e apresentou a situação epidemiológica atual, destacando a expressiva redução no número de notificações, internações e óbitos provocados pela doença em comparação com o primeiro semestre deste ano.
Na avaliação do secretário, o resultado pode ser atribuído ao trabalho desenvolvido pelo Município no processo de imunização, que reflete diretamente na elevada cobertura vacinal, e projetou Campo Grande como referência nacional neste quesito.
“Os desafios ainda persistem, mas temos a certeza que o trabalho desenvolvido até aqui fez toda a diferença para que a gente possa enxergar novas perspectivas”, diz.
O superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde da cidade do Rio de Janeiro, Marcio Henrique de Oliveira Garcia, apresentou um balanço das ações que estão sendo adotadas no Município. Assim como Campo Grande, a cidade do Rio de Janeiro possui uma cobertura vacinal da população completamente imunizada acima de 60% e cenário epidemiológico atual semelhante.
Ele explica que algumas medidas começaram a ser inseridas, como a restrição de público em eventos recreativos e até mesmo a exigência do comprovante de vacinação e testagem dos participantes.
“Algumas destas medidas começaram adotadas em eventos esportivos, como partida de futebol, e shows. Cabe aos organizadores apresentarem os seus planos de biossegurança e entramos com o monitoramento posterior dos participantes. Foi possível constatar que o nível de contaminação é inferior nestes ambientes controlados, o que comprova que tais exigências são positivas do ponto de vista sanitário e epidemiológico”, disse.
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, esteve presente no encontro e destacou que, no momento, as discussões em torno de possíveis restrições de controle sanitário ou flexibilizações devem ser amplamente discutidas antes que haja qualquer deliberação.
“Alguns locais que estão com índices de vacinação semelhantes e até mesmo inferiores ao nosso já começaram a discutir a liberação do uso da máscara em locais específicos, mas entendemos que é necessário que haja um aprofundamento maior em torno dos riscos que isso pode trazer ou não”, ponderou.
A expectativa é de que uma nova reunião aconteça na próxima semana com integrantes do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, que congrega membros de diversos órgãos e sociedade civil organizada, para tratar do assunto.
Estiveram presentes no encontro a médica infectologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Betina Durovni o secretário de Governo e Relações Institucionais de Campo Grande, Antonio Lacerda, o secretário da SEMADUR, Luis Eduardo Costa, o secretário adjunto da Juventude, Niky Guesso, os vereadores Ayrton Araújo, Sandro Benites e Ronilço Guerreiro o defensor público Pedro Paulo Gasparini, superintendentes, coordenadores e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
CGNotícias - Agência Municipal de Notícias de Campo Grande