Patriotas abandonam acampamento e deixam vestígios na Avenida Duque de Caxias

03/01/2023 09h53 - Atualizado há 1 ano

Clima entre manifestantes em frente ao CMO é de sentimento de derrota

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Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Deixados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (que abandonou o Brasil rumo aos Estados Unidos antes do término de seu mandato), os poucos manifestantes que persistem acampados em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, se dividem para apanhar entulhos e lixo no local.

Acompanhados pela chuva, e monitoramento da Polícia Militar, os manifestantes se aplicam em cuidar do lixo ao passo em que se protegem das pancadas de chuva desta segunda-feira (2).

A desmobilização do acampamento ganhou força com a oficialização de Luiz Inácio 'Lula' da Silva no último domingo (1º).

O presidente eleito no último trimestre do ano passado no 2º turno das eleições gerais, pleito disputado no dia 30 de outubro do último ano, os manifestantes aguardavam religiosamente o anúncio oficial de Governo acerca de uma possível intervenção militar, fato que não ocorreu.

Sem marchinhas, música e dinâmicas, os poucos que restam no espaço parecem reconhecer - enfim-, a derrota de Jair Bolsonaro.

Ao Correio do Estado, a Solurb, concessionária responsável pela gestão da Limpeza Urbana e o Manejo de Resíduos Sólidos do Município de Campo Grande, disse que a coleta de lixo no local é diária, e que a concessionária se atém especificamente aos resíduos ensacados.

"A coleta do material no CMO é parte da rotina dos nossos serviços. Não há um atendimento especial aos manifestantes, e toda a demanda do local, sempre foi atendida mediante solicitações da Prefeitura", destacou a Solurb.

A empresa frisou que toda a demanda e dinâmica solicitada pelos manifestantes passa pelo aval da administração municipal da Capital. A Solurb pontuou que os serviços passam ao menos uma vez por dia na região das manifestações.

Do mesmo modo, as sinalizações de trânsito, de responsabilidade da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) também permanecem presentes no local.

A reportagem entrou em contato com a Agência Municipal a fim de identificar se a empresa irá providenciar a retirada da sinalização do local mas não obteve retorno. Cabe pontuar que algumas faixas e barracas seguem no local, entretanto, em número bastante aquém do início das manifestações.

ALISON SILVA

CORREIO DO ESTADO