"Nós não entendemos aquela manifestação a não ser por vínculo político", diz Trad sobre protesto da Guarda

02/02/2022 09h01 - Atualizado há 2 anos

Na segunda, cerca de 250 guardas se reuniram em frente à prefeitura para reivindicar reajuste e promoção da categoria

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Bruno Henrique/Correio do Estado

Gabrielle Tavares

Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) se pronunciou sobre o pedido de reajuste salarial após Guarda Civil Metropolitana protestar em frente à prefeitura.

Ontem (31), cerca de 250 guardas se reuniram para reivindicar reajuste e promoção da categoria. Na ocasião, representantes da Guarda relataram que foi entregue ofício de greve ao prefeito.

Nesta manhã, durante coletiva de imprensa, Trad avaliou que a manifestação foi motivada por um viés político, depois de ver que o vereador Marcos Tabosa (PDT) participou de alguns movimentos.

"Nós estamos abertos ao diálogo, nós não entendemos aquela manifestação a não ser por vínculo político. Quando nós vimos a presença de um vereador sem nos procurar, sem enviar um ofício para dialogar, a verdade é que já havia a predisposição de fazer o barulho e o que eles pediram, nós já tínhamos dito que a gente iria atender", disse.

Entre as reivindicações, a categoria pede para que o vale-alimentação saia dos R$ 294 e suba para quase R$ 900, igual ao dos guardas-civis lotados na Câmara Municipal.

Além disso, pede a promoção de 533 guardas da segunda para a primeira classe, e de 527 da terceira para a segunda classe.

"Era absolutamente desnecessário, inoportuno, fizeram foguetório, discursos com auto falante, atrapalharam os doentes do Hospital El Kadri, do Hospital Adventista, da Maternidade Cândido Mariano, o Asilo dos Cegos vieram reclamar, porque houve uma perturbação da ordem pública, atrapalharam o trânsito, sem necessidade nenhuma", completou Marquinhos.

Conforme os representantes da categoria, se o prefeito não responder o documento que anuncia o estado de greve até quinta-feira (3), os guardas vão oficialmente paralisar as atividades.

"Eu acredito que depois de uma negativa eles poderiam fazer uma movimentação, porque é um direito deles, mas antes de dialogar é algo assim que deve ter outros motivos a não ser das reivindicações deles não", relatou ainda o prefeito.

Como noticiado hoje pelo Correio do Estado, o representante jurídico do Sindicato da Guarda Civil Metropolitana, Márcio Almeida disse que ontem era o prazo final para as promoções serem divulgadas no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).

No ano passado, a promoção era para acontecer em janeiro de 2020 e aconteceu só em fevereiro de 2021.

CORREIO DO ESTADO