Na Capital, aumento do preço do leite UHT é um dos fatores para cesta básica com alto custo

06/07/2022 14h37 - Atualizado há 2 anos

Segundo pesquisa do DIEESE, a cesta básica teve um aumento de quase 24% em um ano

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Divulgação

VALESCA CONSOLARO

Publicada nesta quarta-feira (06), Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), indica que, em Campo Grande, a cesta básica tem o 5º preço mais alto do país.

Entre os fatores que influenciam na alta de preços, está o aumento dos preços do leite UHT e da manteiga, algo que ocorreu, também, em todas as demais capitais do país.

Em Campo Grande, o leite UHT teve uma alta de 12,95%, enquanto a manteiga teve um aumento de 5,69%.

Segundo informações da pesquisa, o período de entressafra e o impacto da estiagem nas pastagens reduziram a oferta do leite que, somada aos altos custos de produção, com alimentação do gado e medicamentos, resultaram em elevação do preço do produto no campo.

Além disso, tem acontecido disputas entre as indústrias de laticínios na compra da matéria-prima para a produção dos derivados lácteos, algo que também influencia na alta desses dois alimentos.

Sobretudo, no que diz respeito ao preço da manteiga, pode-se considerar que há o impacto da desvalorização do real frente ao dólar, uma vez que parte do que é consumida no Brasil, é importada.

Saiba

Conforme a pesquisa, em Campo Grande, a cesta básica para uma pessoa custou R$ 702,65, enquanto para uma família de quatro pessoas o custo foi de R$ 2.107,95.

Em maio, a cesta para uma pessoa estava custando R$ 706,12, chegando a comprometer 62% do valor do salário mínimo – R$ 1.212.

Desse modo, na comparação mensal, percebe-se que a cesta básica ficou 0,49% mais barata, mas ainda continua comprometendo a maior parte da renda de um salário mínimo.

Preços dos produtos

Positivamente para o bolso do consumidor, pelo segundo mês consecutivo a batata (-19,60%) e tomate (-17,47%) apresentaram as retrações mais expressivas.

Também registraram variação negativa de preços o óleo de soja (-2,91%), o açúcar cristal (-2,87%) e o arroz agulhinha (-2,52%).

Por outro lado, além do leite e da a manteiga, o feijão carioquinha (8,19%), a banana (3,44%), a farinha de trigo (2,11%), o pãozinho francês (1,01%) e o café em pó (0,65%) registraram alta de preços.

CORREIO DO ESTADO