Ministério Público vai investigar Flexpark por não devolver crédito de usuários

12/05/2022 09h30 - Atualizado há 1 ano

Clientes reclamam de não conseguir sacar dinheiro "congelado" no aplicativo do estacionamento rotativo

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Marcelo Victor

NATÁLIA OLLIVER

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu um inquérito civil para investigar a denúncias de usuários do estacionamento rotativo Flexpark, que alegam não conseguir sacar o dinheiro retido no aplicativo da empresa. A ação foi publicada no Diário Oficial do órgão nesta quarta-feira (11).

A companhia atuou em Campo Grande de 2002 ao dia 22 de abril de 2022 e deixou a Capital após fim do contrato de concessão.

O órgão foi acionado pelo deputado Paulo Duarte (PSB), que ressalta ter recebido inúmeras denúncias de usuários lesados pela empresa.

“Ela simplesmente fechou as portas e ficou com dinheiro, recebi muitas queixas aqui no meu gabinete de pessoas que tinham R$ 60, 70, 80 lá. É um absurdo e tem que ser devolvido.”, enfatiza.

De acordo com Paulo Duarte, a Prefeitura de Campo Grande alegou que o dinheiro será devolvido quando a próxima empresa entrar, em uma nova licitação.

“Eles disseram que quem assumir o estacionamento rotativo deverá recompensar o crédito, mas isso não é o suficiente. Acabou o contrato. Agora será um novo processo, um outro serviço. Para onde está indo esse dinheiro? Pro bolso da empresa.", acrescenta.

Na petição, o parlamentar também ressaltou que a companhia praticava de condutas irregulares desde o começo da concessão.

“Efetuava reset nos parquímetros, contendo crédito aos consumidores; cobrava o estacionamento durante o sábado, sendo que o correto seria de segunda a sexta-feira; exploração do número de vagas (superior à estabelecida formalmente).”, descreve o deputado no documento.

Histórico

Sobre não ter o contrato renovado após duas décadas de prestação de serviço, o sócio-proprietário da empresa, Hélio Porto, disse ao jornal que o atual contrato não prevê a renovação por mais 10 anos, mas existe a intenção de participar da nova licitação da prefeitura. 

CORREIO DO ESTADO