Mais de 600 pessoas foram reconduzidas ao convívio familiar desde o início da pandemia
Ações pontuais e de rotina realizadas pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) desde o início da pandemia, em março de 2020, já resultaram em 627 reconduções familiares de pessoas que estavam em situação de rua. Também foram concedidas 598 passagens terrestres, que viabilizaram o retorno dessa população para suas cidades de origem, retomando o vínculo familiar.
De acordo com o gerente da Rede de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da SAS, Artêmio Versoza, desde março de 2020, as equipes da SAS e parceiros intensificaram as abordagens para possibilitar, por meio do isolamento social, o acesso da população em situação de rua, à rede de serviços da Assistência Social do município e também auxiliar no enfrentamento à pandemia.
Também foram atendidos 785 estrangeiros e pelas unidades de acolhimento já passaram 2.063 pessoas. “Nós trabalhamos para construir o processo de saída das ruas desta população, de forma planejada. Cada caso é analisado e encaminhado ao serviço mais adequado às suas necessidades”, ressaltou Artêmio.
No caso das ações especiais, as abordagens são feitas em pontos estratégicos da Capital pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Subsecretaria Municipal de Direitos Humanos (SDHU), Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Semana restritiva
A ação pontual mais recente aconteceu durante a semana restritiva, estabelecida pelo Decreto Municipal n. 14.683, de 19 de março de 2021, com o objetivo de conter o avanço da pandemia. Entre os dias 20 e 24 de março, equipes da SAS e secretarias parceiras, contabilizaram o encaminhamento de 74 pessoas em situação de rua para unidades de acolhimento.
As abordagens aconteceram na região da Morada dos Baís, Orla Morena e próximo ao antigo terminal rodoviário. A intenção é estabelecer um vínculo com os usuários destes pontos e buscar o encaminhamento às unidades de acolhimento ou comunidades terapêuticas.
Durante a ação, as equipes explicaram sobre os riscos da pandemia e a importância do isolamento social para evitar a propagação do coronavírus. Migrantes e imigrantes que se encontravam nesses locais também receberam orientações e dois deles foram levados ao anexo da escola municipal “Antônio Lopes Lins”, no Portal Caiobá, onde a SAS montou, ano passado, uma unidade de acolhimento provisória voltada a estrangeiros e migrantes.
Os demais acolhidos foram encaminhados ao Centro de Triagem do Migrante e População em Situação de Rua (Cetremi), no bairro Tiradentes, ao acolhimento provisório montado na escola municipal “Professora Maria Regina Vasconcellos Galvão” e para o Centro Dia, que após a pandemia passou a acolher idosos em situação de rua.
Nas unidades de acolhimento são disponibilizados dormitórios, alimentação preparada por uma equipe especializada e higienização, além de uma rede de profissionais composta por assistentes sociais, psicólogos e cuidadores sociais que garantem os direitos sociais dos usuários.
As pessoas acolhidas realizam testes para Covid-19 e aqueles que apresentam resultado positivo, são acompanhados pelas equipes do Consultório na Rua, da Sesau.
CGNotícias
Agência Municipal de Notícias de Campo Grande