Inflação em março é a maior para o mês em 28 anos; Campo Grande é a 4ª capital mais cara

08/04/2022 14h20 - Atualizado há 2 anos

Campo Grande teve variação de 1,73% no mês de março, acumulando 12,02%

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Divulgação

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (8), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) — considerada a inflação oficial do país. A inflação em março teve alta de 1,62 — 0,61 ponto percentual acima da taxa de 1,01% de fevereiro. É a maior variação para um mês de março desde 1994, quando o índice foi de 42,75%, no período que antecedeu a implementação do Real.

Neste ano, o IPCA acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2021, a variação mensal foi de 0,93%.

Campo Grande teve variação de 1,73% no mês de março, acumulando 12,02% nos 12 últimos imediatamente anteriores. Com esse resultado, a Cidade Morena ficou no posto de quarta capital mais cara do Brasil, atrás de Curitiba (2,40%), Goiânia (2,10%) e São Luís (2,06%).

Inflação no Brasil

De acordo com as informações divulgadas pelo IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em março.

Confira a inflação de março para os grupos pesquisados

Transportes: 3,02%

Alimentação e Bebidas: 2,42%

Habitação: 1,15%

Artigos de Residência: 0,57%

Vestuário: 1,82%

Saúde e Cuidados Pessoais: 0,88%

Despesas Pessoais: 0,59%

Educação: 0,15%

Comunicação: -0,05%

A inflação foi puxada principalmente pela alta no grupo Transportes, que teve a maior variação (3,02%) e o maior impacto (0,65 p.p.), influenciado pelos aumentos dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês.

Além dos combustíveis, a aceleração do grupo Transportes também está relacionada à alta nos preços de serviços, como o transporte por aplicativo (7,98%), o seguro voluntário de veículo (3,93%) e o conserto de automóvel (1,47%).

Nos transportes públicos, a variação positiva do ônibus urbano (1,27%) deve-se aos reajustes nos preços das passagens em algumas das capitais.

Na sequência do grupo Transportes, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% e 0,51 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março.

A inflação no grupo Alimentação e bebidas (2,42%) decorre, principalmente, da alta nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (3,09%). A maior contribuição (0,08 p.p.) dentro do grupo veio do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como a cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).

Wendy Tonhati

MIDIAMAX