Em 2023, Campo Grande já tem uma média de 8 casos de dengue confirmados por dia

20/01/2023 09h24 - Atualizado há 1 ano

Levantamento da Sesau também mostra que foram encontrados mais de 300 focos do mosquito Aedes Aegypti

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Reprodução/Prefeitura de Campo Grande

De acordo com o mais recente Levantamento Rápido de Infestação (LiRaa) realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, mostrou que nos primeiros 19 dias do ano, somam 162 casos de dengue, uma médica de 8 casos por dia.

O levantamento é realizado Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), da Sesau. Além disso, relatório ainda revelou que foram identificados 392 focos do Aedes Aegypti - transmissor da dengue, zika e chikungunya - em materiais inservíveis, ou seja, passíveis de descarte.

Os locais de identificação foram de uso comum e contínuo, mas que por não receberem os devidos cuidados, se tornam potenciais criadouros do mosquito. O mais recente LiRaa, mostrou que baldes, pneus e tambores estão entre os objetos onde o maior número de focos do mosquito.

Durante as vistorias dos agentes, foram encontrados 66 focos em baldes, o que representa 16.84% da parcela total de focos. O balde doméstico (recipiente plástico) apareceu em primeiro do ranking de predominância, superando os pneus que até então eram tidos como vilões.

O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, destaca que os dados servem de alerta para que a população fique atenta e faça o descarte correto destes materiais, diminuindo assim os riscos de contrair as doenças transmitidas pelo mosquito.

“É necessário que a população faça a sua parte. É preciso que faça o descarte adequado destes objetos e evitem deixar recipientes, como piscinas e caixas d`água abertas e sem a devida vedação”, diz.

Orientações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.

Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.

Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes.

Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

BIANKA MACÁRIO