Cratera que “comemora” aniversário na Ernesto Geisel segue sem solução
Problemas nas margens da avenida são frequentes e requalificação da via está parada, aguardando relicitação de trechos
DAIANY ALBUQUERQUE
A cratera localizada na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Ginásio Avelino dos Reis, o Guanandizão, está completando um ano e até hoje nenhuma solução foi dada ao problema.
O imbróglio começou no fim de setembro e início de outubro do ano passado. Na época, a área foi sinalizada para que motoristas não caíssem no Rio Anhanduí, mas nenhuma obra de contenção da erosão foi feita pela Prefeitura de Campo Grande.
O comparativo de uma foto feita pelo Correio do Estado no início de outubro de 2021 com uma obtida na semana passada mostra que a cratera só aumentou nesse período.
Apesar disso, em matérias anteriores, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, havia afirmado que a erosão estava sendo acompanhada pela Pasta e que ela não estava evoluindo, ocorrendo apenas o deslizamento do trecho que já estava danificado.
Localizada quase em frente à Travessa do Touro, a cratera já “comeu” quase uma faixa inteira nesse trecho. Inclusive, uma das placas sinalizadoras está próxima de também ser engolida pela erosão.
Isso afeta a trafegabilidade da avenida, uma das principais artérias da cidade, que já é bem problemática em alguns trechos.
RELICITAÇÃO
Além da cratera, as obras de revitalização da Avenida Ernesto Geisel, que estão paralisadas desde o ano passado, ainda não têm previsão para serem relicitadas.
Em junho, a Sisep havia informado para o Correio do Estado que a previsão para uma nova licitação ser publicada era julho deste ano, o que não ocorreu.
O trecho, referente aos lotes dois e três – que vão da Rua da Abolição até a Bom Sucesso e da Bom Sucesso à Rua do Aquário –, foi abandonado pela empresa que venceu a primeira licitação, a Dreno Engenharia, porque o custo da obra era maior que o valor firmado em convênio com a Prefeitura de Campo Grande, assinado em 2018.
Quando as obras foram paralisadas, segundo o secretário, restava cerca de 40% do trecho para ser concluído, porcentual que será relicitado.
Na margem direita da via (no sentido centro-bairro) foi feito um paredão de gabião e foram colocadas grades de proteção. Na outra margem, aproximadamente 10% do paredão foi concluído.
Até o fim de junho, o valor desse trecho ainda não havia sido fechado, porque as planilhas estavam em atualização.
Em contato com a Sisep, por meio da prefeitura, a Pasta respondeu que “está sendo montado o processo de licitação para conclusão das obras nos lotes 2 e 3, entre as ruas da Abolição e do Aquário”. A nota da assessoria, porém, não cita prazos. A secretaria não respondeu sobre a cratera.
R$ 57 milhões
Inicialmente, a obra tinha previsão de custar R$ 57 milhões, dos quais R$ 47 milhões seriam da União e R$ 10 milhões vindos de contrapartida da prefeitura.
CORREIO DO ESTADO