THAIS LIBNI

Até o fim deste ano, 82 câmeras de segurança serão instaladas nos corredores de ônibus de Campo Grande.

Em entrevista ao Correio do Estado, o secretário Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) de Campo Grande, Valério Azambuja, informou que serão 52 equipamentos de monitoramento na Rua Rui Barbosa e 30 na Avenida Calógeras.

“Inicialmente, vamos instalar as câmeras nos corredores de ônibus, o que já estava previsto no projeto de infraestrutura. Acredito que no início de 2023 vamos instalar nas ruas transversais. A ideia é que aproximadamente 130 câmeras sejam colocadas entre os corredores e as ruas transversais [entre 2022 e 2023]”, esclareceu o secretário.

A instalação dos equipamentos de monitoramento na Rua Rui Barbosa deverá ocorrer nos cruzamentos com a Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Mato Grosso e com a Rua Calógeras até a José Antônio.

O objetivo é reduzir a criminalidade, proporcionar mais segurança à população, combater furtos e roubos e ajudar no trabalho da polícia, explicou o titular da Pasta.

“Apesar de alguns entenderem que é dinheiro jogado fora, as câmeras ajudam na fiscalização e nas ações da Guarda Civil Metropolitana contra a criminalidade no centro da cidade. Em 2017, na nossa capital, tínhamos 22 câmeras, hoje já estamos com 70 equipamentos”, reiterou Azambuja.

Ainda de acordo com o secretário de segurança, até 2024, cerca de 150 câmeras serão instaladas nas entradas e nas saídas das principais vias da Capital, um investimento de R$ 3,8 milhões.

“É um projeto que já está pronto, e agora estamos trabalhando com a bancada federal para viabilizar recursos. Essas câmeras farão o reconhecimento de placas de carros, além de monitorar atos criminosos”.

14 DE JULHO

Com a revitalização do centro de Campo Grande por meio do projeto Reviva Centro, o monitoramento por câmeras já se faz presente na Rua 14 de Julho, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, além do quadrilátero composto por Rui Barbosa, Calógeras, Mato Grosso, 26 de Agosto, Cabeça de Boi e Orla Morena, desde 2020.

“Após a instalação das câmeras, registramos uma queda significativa dos crimes de roubos, furtos e outros sinistros na região atendida pelo sistema no centro da nossa capital, porque aqueles que pensam em cometer algum crime pensam duas vezes, pois eles estão sendo filmados e podem ser identificados. Com isso, a população se sente mais segura”, esclareceu Azambuja.

As câmeras têm 450 metros de alcance, geram imagens em 360º e são dispositivos day/night (dia e noite). As imagens são armazenadas por 30 dias e podem ser requeridas pelas autoridades do judiciário e da segurança pública como fonte de investigação criminal.

A Guarda Civil Municipal (GCM) é responsável pela operacionalização do sistema, monitorando as imagens capturadas pelas câmeras, que são de alta definição. Por fim, o secretário pontuou a necessidade de mais investimento por parte do governo estadual na segurança da Capital.

“O governo de Mato Grosso do Sul deveria ter investido em 500 câmeras em Campo Grande, sem medo de ser feliz. Um terço da população do Estado está aqui, segurança é algo que precisamos, isso é qualidade de vida”, finalizou.  

CORREIO DO ESTADO