Corpo de funcionário que morreu em incêndio de tapeçaria não estava carbonizado, diz bombeiros
Tapeçaria pegou fogo na tarde de terça-feira (23); corpo de funcionário achado após 6h30min de buscas
Izabela Cavalcanti
O corpo de Lucas Correia Queiroz, de 21 anos, funcionário da tapeçaria que pegou fogo na terça-feira (23), por volta das 16h, não estava carbonizado, segundo informações do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.
"Ele não estava carbonizado, ele estava deformado. Não era carbonizado, carbonizado fica tudo preto", explicou o Major Fábio de Lima, chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.
Ainda não se sabe o que ocasionou a morte, mas de Lima ressaltou que 70% das mortes em incêndio são devido à fumaça.
Informações preliminares apontam que as chamas após brincadeira com fogo entre funcionários. No entanto, um Polícia Civil irá investigar o que, de fato, aconteceu.
Lucas foi encontrado sem vida, no mezanino da tapeçaria, após 6h30min de buscas pelo Corpo de Bombeiros.
No momento em que chamas definidas, havia apenas dois funcionários na loja, Lucas e Eduardo, de 28 anos.
Eduardo, que conseguiu sair a tempo, seguiu para a porta da frente e Lucas correu para a parte de dentro.
SEM SEGURANÇA
O local não possuía certificação de vistoria do Corpo de Bombeiros e nem dispositivos de segurança, como extintores.
Com isso, a tapeçaria foi notificada, interditada e o proprietário foi autuou em 200 Uferms, o equivalente a R $ 8.400. Cada Uferms custa em torno de R $ 42.
FLASHOVER
Segundo o Major Fábio de Lima, dentro da tapeçaria ocorreu o fenômeno Flashover.
"De tão quente a temperatura, tudo ali dentro pega fogo, chama-se a generalização do ambiente confinado, fechado, começa a pegar fogo e chega num momento que pega fogo em tudo", explicado.
Para resgate e combate ao incêndio foram usados mais de 40 mil litros de água; mais de 10 viaturas; mais de 22 bombeiros, além do auxílio da retroescavadeira da Defesa Civil.
CORREIO DO ESTADO