Consumidor fica satisfeito com gasolina a R$ 6,19 e pede para "baixar mais"

05/07/2022 12h41 - Atualizado há 1 ano

No centro de Campo Grande o preço varia até R$ 0,11 de diferença entre os locais de abastecimento

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Foto: Gerson Oliveira

ALESSANDRA MESSIAS

Depois que o governador Reinaldo Azambuja reduziu a pauta fiscal da gasolina no dia 1º de julho, hoje (4) solicitou a população que fiscalize os postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul, o Correio do Estado foi ao centro conferir o preço.

E notou que nos últimos seis dias, a gasolina comum baixou de R$ 6,59 para R$ 6,19, em média no preço praticado pelos donos dos estabelecimentos comerciais.

O valor mais barato que a reportagem apurou foi de gasolina comum e aditivada a R$ 6,18 no posto Shiraishi, localizado na rua Rui Barbosa esquina com a rua Dom Aquino, e o valor do etanol também atingiu R$ 4,44. O diesel está sendo comercializado a R$ 7,19.

Localizado na Afonso Pena ao lado do Camelódromo, o posto Bertozzi comercializa gasolina comum a R$ 6,19 e aditivada a R$ 6,44. O etanol é vendido a R$ 4,45 e o diesel a R$ 7,39.

O posto Taurus na rua 26 de Agosto esquina com a Avenida Calógeras vende a gasolina comum a R$ 6,19 e o concorrente posto Ipiranga atravessando a rua a R$ 6,29.

A cabelereira, Bruna Fernandes, que trabalha no Shopping Campo Grande afirmou que gastava em média R$ 1500 de gasolina por mês e agora pretende desembolsar entre R$ 700 e R$ 800 com o combustível.

"Estou muito feliz com a redução do valor, mas devia baixar mais um pouquinho. Eu gastava muito, pois morava no Centenário, agora vou mudar para o Guanandi e creio que a redução vai ser bem maior", explicou a cabelereira.

A servidora pública, Wilinelma Macedo, informou que abasteceu o carro da marca Jeep modelo Renegade, pagando R$ 7,14 o litro da gasolina e trabalhando apenas 15 dias por mês, desembolsa a média de R$ 500 porque reside próximo ao trabalho.

"Estou feliz com a redução. Poderia cair mais um pouco o valor, mas já está bem satisfatório", concluiu a funcionária pública.

O Posto Cosan, no bairro Tiradentes, também está cobrando R$ 6,29 pela gasolina comum na bomba. Na Avenida Eduardo Elias Zahran, o posto Cidade Morena cobra R$ 6,29 o litro da gasolina comum e R$ 4,69 do etanol.

Em recente entrevista ao Correio do Estado, o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazaroto, relatou que a redução nos postos da Capital é ocasionada pela queda dos impostos federais.

“Essa redução dos impostos como PIS, Cofins e CIDE totalizam R$ 0,6868 centavos por litro no preço de custo”, justificou Lazaroto.

Somada, a redução da pauta fiscal da gasolina feita no dia 1º de julho pelo governador Reinaldo Azambuja, resultará em retração de até R$ 1,38 sobre o litro da gasolina.

No começo do mês de junho, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a gasolina poderia ter redução de R$ 2 por litro, e o diesel, R$ 1, após a aprovação das medidas para diminuir impostos sobre os combustíveis realizada pelo Congresso.

Com a redução da pauta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), as alíquotas do gás ficaram em 12%, abaixo do teto estabelecido em lei, que é de 17%, e a da gasolina em 30%, acima do limite.

A gasolina no cálculo do ICMS tinha preço de R$ 5,64 e alíquota de ICMS de 30%, o que correspondia a R$ 1,6930 em ICMS por litro de combustível.

Com base nos preços praticados nos últimos 60 meses, a redução do PMPF passa a R$ 4,6974, reduzindo a arrecadação do tributo estadual para R$ 1,4092.

O governador também reafirmou em coletiva no dia 1º deste mês, que a população deve abastecer no posto que cobra mais barato e acionar o Procon quando o valor for abusivo. "Isso faz a concorrência diminuir o preço", disse.

CORREIO DO ESTADO