Capital tem inflação de 0,47% em outubro, após três meses de deflação

10/11/2022 10h06 - Atualizado há 1 ano

De acordo com o levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (10), os principais responsáveis pelo aumento do índice foram alimentos, bebidas e vestuário

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Arquivo/Correio do Estado

Após três meses de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) em Campo Grande teve variação de 0,47% em outubro. O IPCA é o indicador oficial de inflação do país.

De acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10), os principais responsáveis pelo aumento do índice foram alimentos e bebidas (1,18%) e também vestuário (1,07%), também houve alteração em saúde e cuidados pessoais (0,85%), transportes (0,28%), habitação (0,21%). A única retração foi comunicação (-1,10%).

Com o resultado, o IPCA chegou a 6,52% no acumulado de 12 meses e no ano 4,49% na capital sul-mato-grossense.

Nos últimos meses, houve três índices de deflação consecutivos após três anos. Em julho foi registrado -0,95%, agosto -0,39% e setembro -0,22%, esses índices em queda, conforme já divulgado pelo Correio do Estado, teve forte influência da queda dos valores dos combustíveis.

Já com o aumento perceptível dos valores dos combustíveis e com os últimos acontecimentos causados pelos bloqueios das rodovias federais após as Eleições Gerais, afetando a distribuição de frutas, verduras e legumes, podem ser os itens responsáveis por um possível aumento da inflação em novembro.

Cenário Nacional

Em nível nacional, os índices se assemelham a Campo Grande, com a variação de 0,59% em outubro, encerrando uma sequência de deflação: em julho, agosto e setembro, as variações haviam sido de -0,68%, -0,36% e -0,29%, respectivamente. No ano, o IPCA acumula alta de 4,70% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%, abaixo dos 7,17% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro. A maior contribuição do mês, 0,16 ponto percentual (p.p.), veio de Alimentação e bebidas (0,72%), que havia recuado 0,51% em setembro.

Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (1,16%) e Transportes (0,58%), com impactos de 0,15 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro. Já a maior alta do mês foi do grupo Vestuário (1,22%).

BIANKA MACÁRIO

CORREIO DO ESTADO