Assessor de vereador é denunciado à Justiça e pode virar réu por tráfico de drogas
Assessor foi flagrado com pasta base de cocaína avaliada em R$ 435 mil; ele não tinha antecedentes
Glaucea Vaccari
Preso com pasta base de cocaína no dia 4 de janeiro deste ano, José Ximenes, 31 anos, e José Torres Júnior, 31, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPM) à Justiça pelo crime de tráfico de drogas.
Robson era assessor parlamentar do vereador Ademir Santana e foi flagrado, junto com Torres Júnior, com 41 quilos de pasta base de cocaína, avaliada em R$ 435 mil.
Caso o juiz aceite a denúncia, eles passam a ser réus e responderão pelo crime.
Lotado no gabinete do vereador Ademir Santana, do PSDB, o assessor foi flagrado com a droga no bairro São Conrado, onde também era líder comunitário.
Após a prisão, ele foi exonerado do cargo que ocupava na Câmara Municipal de Campo Grande.
Conforme consta na denúncia, ao ser interrogado durante a fase de inquérito policial, Robson optou pelo direito de permanecer em silêncio.
O caso
Conforme consta no inquérito, equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazia rondas pelo bairro São Conrado, quando notou que um veículo Prisma saiu de uma casa em alta velocidade.
O veículo era conduzido por José Torres Júnior, que ao ser abordado pelos policiais, informou que o carro era emprestado do amigo, o então assessor.
Os policiais foram até a casa do de Ximenes e lá o encontraram.
Foi concedida autorização para uma busca no local e, com a ajuda de um cão farejador, os policiais encontraram duas caixas contendo 41 tabletes de cocaína, pesando ao todo 41,562kg.
Inicialmente, o assessor parlamentar tentou desconversar, afirmando que recebeu o volume de Torres Júnior sem saber que se tratava de drogas.
O comparsa, no entanto, desmentiu a versão, dizendo que era empregado do assessor e que teria pego, a mando dele, as caixas.
Júnior, no entanto, afirmou que a ordem dizia que as caixas eram doações e que ele não sabia se tratar de entorpecentes.
Os dois foram levados para a delegacia e, no caminho, Robson ainda teria proposto ao “amigo” um cargo comissionado na Câmara, caso o mesmo concordasse em assumir o crime, mas a proposta não foi aceita.
Júnior já tem passagens pela polícia pelos crimes de roubo e violência doméstica e cumpria pena no regime domiciliar.
Já o ex-assessor não apresentava antecedentes criminais.
Eles tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça.