Ao menos sete postos correm risco de notificação por aumento indevido na gasolina

05/01/2023 14h38 - Atualizado há 1 ano

Medidas dos Procons buscam notificar aumento de preço e ainda estão no período em que cada local pode se justificar e defender novo valor praticado

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Marcelo Victor/ Correio do Estado

Com a intenção de notificar os aumentos de preço praticado nas bombas, as Superintendências para Orientação e Defesa do Consumidor de Campo Grande e Mato Grosso do Sul (Procons CG e MS) atuam em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS (Sinpetro), com a Capital já registrando processos administrativos abertos contra sete postos.

Importante frisar, como comenta o fiscal de relação de consumo, representante do Procon MS, Rodrigo Vaz, nessa etapa do processo os postos ainda podem se defender e justificar o aumento, evitando receber uma notificação.

"Estamos investigando postos que estão fazendo isso e trabalhando com o procon CG, falando direto com o Edson [Lazarotto], presidente do Sinpetro, e quem estiver fazendo reajuste sem justa causa vai ser punido", afirma Rodrigo.

Ainda no segundo dia do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou medida provisória, que prorroga - pelo prazo de 60 dias - a desoneração de impostos federais sobre combustíveis.

 Através disso, gasolina e álcool, assim como o querosene de avião e gases como o natural veicular (GNV), ficam isentos da cobrança de Pis/Pasep e Cofins até 28 de dezembro, mesma data que termina o prazo do benefício sobre a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina.

Lembrando que, sobre o óleo diesel - onde não reincide a Cide -, a isenção de Pis E Cofins segue até o dia 31 de dezembro deste ano, como explica o fiscal de carreira do Procon.

Entenda

Há semanas essa prorrogação esteve no centro da discussão entre o atual e ex-governo, pelas figuras de Fernando Haddad (ministro da Fazenda) e Paulo Guedes (ex-ministro da economia), já que o aumento era iminente logo no início do mandato de Lula.

Atualmente, conforme repassado pelo Procon-MS, o preço médio da gasolina em Campo Grande está entre R$ 4,69 e R$ 4,89.

"O reajustamento, sem justa causa, entendemos que é proibido. O mercado é livre e tal, mas, por quê você vai reajustar em um ambiente onde só tem o aumento das coisas, por causa da COVID que os efeitos ainda estão aí", destaca Rodrigo Vaz.

Como ressalta o fiscal, pode haver aumento no repasse ao consumidor somente no caso de o posto, ainda na distribuIdora, ter pago mais caro ao adquirir o combustível para revenda.

"Se ele fez isso antes do reajuste, e for constatado que fez isso sem justa causa, ele vai ser punido", finaliza.

LEO RIBEIRO

CORREIO DO ESTADO