Venezuela diz que EUA tomaram 4 milhões de barris de petróleo: "Pirataria"
Guarda Costeira dos Estados Unidos está perseguindo um terceiro petroleiro em águas internacionais próximas à Venezuela, disseram autoridades à Reuters
A Venezuela afirma que os Estados Unidos sequestraram cerca de 4 milhões de barris de petróleo venezuelano após a apreensão de dois navios petroleiros no Caribe.
"Em dezembro de 2025, os Estados Unidos procederam ao sequestro e ao roubo de dois navios em alto-mar que continham aproximadamente 4 milhões de barris de petróleo venezuelano e anunciaram um bloqueio naval absoluto contra os petroleiros que transportavam a energia venezuelana", disse, nesta segunda-feira (22), o chanceler venezuelano Yván Gil em pronunciamento na TV estatal.
Ele acrescentou que as apreensões de petroleiros "constituem atos de pirataria" segundo o entendimento do direito internacional.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos está perseguindo um terceiro petroleiro em águas internacionais próximas à Venezuela, disseram autoridades à Reuters no domingo.
O andamento da perseguição era incerto na manhã desta segunda-feira (22), mas autoridades americanas disseram que o fato de o petroleiro — que estava vazio e seguia para a Venezuela para carregar petróleo — ter dado meia-volta e agora estar navegando para longe do país já era um sucesso.
Maduro manda carta a países da ONU e pede ação contra ofensiva dos EUA
O chanceler Yván Gil também afirmou que Nicolás Maduro enviou uma nota diplomática a presidentes da América Latina e aos países que integram a ONU (Organização das Nações Unidas) pedindo que condenem agressões dos Estados Unidos e exijam o fim da mobilização militar e bloqueios contra o seu país.
“Exijamos imediatamente o cesse da mobilização militar, do bloqueio e dos ataques armados, e ativemos os mecanismos do sistema multilateral para investigar, sancionar e prevenir a repetição destes fatos”, pediu Maduro na comunicação lida na TV estatal venezuelana pelo chanceler.
A comunicação de Maduro se refere ao bloqueio naval promovido pelos Estados Unidos contra o país, com a apreensão de navios petroleiros, aos ataques a barcos no mar do Caribe e à militarização da região por Washington.
No texto dirigido aos países, ele afirma que o bloqueio e a “pirataria” contra o comércio energético venezuelano aumentará a instabilidade dos mercados internacionais e afetará as economias da América Latina e do Caribe.
“Defender hoje a Venezuela é defender a paz, a legalidade internacional e a estabilidade no mundo”, expressou no pedido.
Da CNN Brasil
