Trump ameaça responder à Coreia do Norte com fogo e fúria nunca vistos

09/08/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
Cb image default
Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta quarta-feira (8) à Coreia do Norte que poderia responder às suas ameaças com um fogo e uma fúria nunca vistos no mundo. A afirmação foi feita após a divulgação de um relatório da Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) dos EUA pelo jornal The Washington Post, segundo o qual Pyongyang fabricou uma ogiva nuclear reduzida que pode ser colocada em um dos seus mísseis balísticos.

É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos. Encontrarão (como resposta) um fogo e uma fúria nunca vistos no mundo, disse Donald Trump em declarações a jornalistas em  Nova Jersey.

A descoberta da ogiva nuclear foi incluída em uma análise confidencial realizada em julho pela DIA e foi revelada pouco depois de as agências de inteligência norte-americanas terem elevado suas estimativas sobre o número de armas nucleares de Pyongyang para 60.

A comunidade de inteligência avalia que a Coreia do Norte produziu armas nucleares para envio mediante mísseis balísticos que incluem a categoria de mísseis intercontinenais, indica o documento obtido pelo Washington Post.

Mais cedo, a Coreia do Norte ameaçou realizar medidas estratégicas e ações físicas como resposta às sanções adotadas no sábado (5) contra o país pelo Conselho de Segurança da ONU , que classificou os testes do regime de Kim Jong-un como atos terroristas e ilegais.

Após um mês de negociações, a resolução para vetar as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, chumbo e mariscos foram aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, com apoio da Rússia e da China, principal aliada do governo de Pyongyang. Além disso, foram implementadas novas sanções contra empresas e entidades que apoiem os programas armamentísticos do país.

Míssil intercontinental

As sanções foram uma resposta ao lançamento de míssil balístico intercontinental feito pela Coreia do Norte em 4 de julho , o primeiro da história do país. No dia 28 do mesmo mês, Pyongyang voltou a realizar um novo teste com o armamento, apesar das denúncias dos EUA e de grande parte da comunidade internacional.

O regime de Kim Jong-un defende que seu programa nuclear pretende dissuadir os EUA de uma eventual invasão. A reportagem do The Washington Post foi publicada depois do presidente dos EUA ter afirmado nesta terça-feira que será duro e decidido sobre os perigos representados pela Coreia do Norte. Donald Trump comemorou que diversos países estejam se unindo para enfrentar as ameaças de Pyongyang após anos de fracasso.

Com informações da Agência Brasil e Ansa

Ig

Foto: Reprodução/The Boston Globe