Trem descarrila na estação Itaim Paulista da CPTM e interrompe circulação na Linha 12-Safira
Um descarrilamento em um trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) interdita a Linha 12-Safira, que liga o Brás a Calmon Viana, na manhã desta quinta-feira (23). Ninguém ficou ferido.
O descarrilamento ocorreu por volta da 1h30 perto da estação Itaim Paulista, no sentido Brás, quando a composição seguia para a garagem. O trecho entre as estações Calmon Viana e Itaim Paulista está interditado desde a madrugada. A rede aérea de energia da linha foi afetado e a circulação de trens interrompida.
De acordo com a assessoria de imprensa da CPTM, a composição não transportava passageiros no momento do descarrilamento. O trem permanece no local e equipes da empresa trabalham para liberar a via e recuperar o sistema de energia. Não há previsão para a liberação da via e normalização do sistema. A linha atende 250 mil passageiros por dia. O motivo do descarrilamento ainda é desconhecido.
A operação Paese foi acionada para transportar passageiros no trecho afetado. De acordo com a EMTU, foram disponibilizados 80 ônibus, sendo 60 entre as estações Itaim paulista e Calmon Viana e 20 da Calmon Viana e Engenheiro Manoel Feio.
3º descarrilamento
Esse foi o terceiro descarrilamento que ocorre no sistema de transporte público neste mês. Apesar de informar que descarrilamentos de trens são raros, o Metrô de São Paulo registrou dois casos de composições que saíram dos trilhos no período de 15 dias. Não há informações sobre passageiros feridos nesses acidentes.
O primeiro descarrilamento ocorreu no dia 7 de fevereiro, na Linha Vermelha do Metrô, a mais movimentada, na Zona Leste da capital paulista. O segundo caso foi na terça-feira (21), na Linha Lilás, a menor do sistema, na Zona Sul.
Procurado para comentar o assunto, o Metrô informou que, apesar de os dois casos serem de descarrilamento de trens, as causas deles são diferentes.
No descarrilamento ocorrido na Zona Leste, o equipamento que apresentou defeito chama-se truck. Ele possui rolamentos, que derreteram e foram substituídos. O trem da Linha Vermelha é o da frota K, uma das mais antigas do Metrô.
“O rolamento por algum motivo que não conhecemos superaqueceu e rompeu”, disse Milton Gioia Júnior, diretor de operações do Metrô.
Já no caso do descarrilamento da Zona Sul, deve ficar pronto em dez dias o laudo preliminar que vai indicar a causa do descarrilamento da composição da linha Lilás. Fabricado pela empresa francesa Alstom, em 2002, o modelo F, saiu do trilho, durante a madrugada de terça-feira (21). Dentro dele, estavam nove passageiros.
O trem descarrilou no único trecho inaugurado até agora na obra de extensão da Linha Lilás do Metrô, na Estação Adolfo Pinheiro.
A obra de extensão dessa linha foi alvo de uma ação do Ministério Público (MP), que investigou se houve fraude na licitação. O processo tramita na Justiça desde 2011. Já o Metrô investiga agora, se o descarrilamento de terça-feira foi provocado por falha humana ou um problema na extensão da linha, recém construída.
O Bom Dia São Paulo localizou o trem que descarrilou perto de onde parou a obra de extensão da Linha Lilás, na Estação Adolfo Pinheiro. Imagens gravadas com celular mostra a marca do descarrilamento no trem.
Quem embarcava a tarde na Estação Capão Redondo era informado que tinha que mudar de trem na Estação Largo Treze.
Atenção, devido a uma falha em equipamento de via, os trens estão circulando de Capão Redondo ao Largo Treze. Usuários com destino a Adolfo Pinheiro, dirigir-se à plataforma oposta”, informava o sistema de som dentro dos vagões.
“Eu tô atrasada, vou perder meu horário por causa de metrô, isso é um absurdo”, disse Valderez Antonio, auxiliar de faturamento.
“Já fica meio cabrero, fica com medo. Alguma coisa tá acontecendo de anormal, né?!”, falou o garçom Antônio Vieira Marques.
Mesmo diante dos descarrilamentos, o Metrô alega que os padrões de segurança estão mantidos.
O Metrô de São Paulo é o mais seguro do mundo. Casos de descarrilamentos são raros. Tivemos dois casos em 20 dias; é raro. Os nossos processos são regulados por normas internas e obedecem os mesmos patamares,os mesmos requisitos de outro metros do mundo, declarou Gioia Júnior, diretor do Metrô.
G1