Terremoto no Japão deixa 40 mil casas sem energia

21/10/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A região oeste do Japão foi atingida, na madrugada desta sexta-feira (21), por um terremoto de 6,2 graus de magnitude na escala aberta de Ritcher. O terremoto foi anunciado pelo Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), que revisou o anúncio inicial de 6,6 graus. Não houve alerta para tsunamis. As informações são da agência AFP.

Registrado a uma profundidade de 10 quilômetros às 14h no horário local (3h de Brasília) no município de Tottori, o terremoto foi sentido em metade da ilha de Honshu, até Tóquio.

O aeroporto da região suspendeu as operações, informou o canal de televisão público NHK, que também mencionou tremores secundários.

Percebemos abalos muito fortes, acredito que os mais fortes em anos, afirmou Suminori Sakinada, funcionário da prefeitura de Tottori.

O canal NHK anunciou que oito pessoas ficaram levemente feridas. A emissora interrompeu a programação habitual para dedicar-se à cobertura do terremoto.

O número de emergências, 119, recebeu muitas ligações, destacou a agência Kyodo.

Nas próximas horas e dias podem ser registrados tremores secundários que afetariam edifícios e construções já fragilizados pelo primeiro terremoto.

Trabalhamos em estreita colaboração com as localidades afetadas e ordenamos que as informações sobre a retirada dos moradores e os danos sejam comunicadas o mais rápido possível aos cidadãos, escreveu no Twitter o primeiro-ministro Shinzo Abe.

Vários focos de incêndio foram registrados e uma casa desabou, informou a NHK que, por meio de sua rede de câmeras automáticas, que são ativadas com os terremotos, conseguiu rapidamente exibir imagens de edifícios balançando em Tottoti.

O tráfego de trens de alta velocidade entre Tóquio e Osaka foi paralisado nos dois sentidos.

Também foram registrados cortes de energia elétrica em 40 mil casas. O fornecimento de água e gás pode ser interrompido em alguns pontos, advertiu a emissora.

De novo no Japão?

O Japão, que se encontra no cruzamento de quatro placas tectônicas, é cenário a cada ano de mais de 20% dos terremotos mais fortes registrados no mundo.

Os japoneses são ainda mais conscientes dos riscos desde o tsunami de março de 2011 que deixou quase 18.500 mortos, além de ter provocado o acidente nuclear de Fukushima.

Em abril, o arquipélago nipônico registrou mais que um terremoto na região de Kumamoto (sudoeste), o que deixou 50 mortos.

Ig