Sequestro de aeronave egípcia termina com prisão de passageiro

29/03/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O homem que desviou nesta terça-feira (29) um avião do Egito para o Chipre foi detido, informou fonte do governo cipriota citada pela agência France Presse.

A informação foi divulgada minutos depois de quatro das sete pessoas que o homem mantinha reféns terem abandonado a aeronave, três pela porta e outra pela janela da cabine dos pilotos.

As motivações do autor do sequestro ainda não foram reveladas, mas o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse que o sequestro não era algo que tenha a ver com terrorismo. Uma autoridade do governo cipriota, que pediu anonimato, disse que o homem parecia estar apaixonado. Já a polícia do Chipre afirmou que o homem exigiu a libertação de 63 mulheres presas no Cairo.

Anastasiades, que falou ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, na Nicósia, foi questionado por repórteres sobre se poderia confirmar que o incidente tinha ocorrido por causa de uma mulher. Sempre há uma mulher, respondeu a autoridade.

Uma autoridade de aviação civil, que pediu anonimato, disse que o homem deu aos negociadores o nome de uma mulher que vive no Chipre e enviou a ela um envelope. A relação entre o homem e a mulher não estava clara.

O voo MS181 decolou da cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, e seguiria para o Cairo com pelo menos 55 pessoas a bordo, entre elas 26 estrangeiros, e uma tripulação de sete membros. Não estava claro ainda o nome do sequestrador. Em entrevista coletiva no Cairo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sharif Fathi, recusou-se a identificá-lo.

Um porta-voz do governo egípcio, Hossam al-Queish, disse anteriormente que o sequestrador era Ibrahim Samaha. Uma mulher egípcia que se identificou como a mulher de Samaha, porém, disse que seu marido não era o sequestrador e que o companheiro estava seguindo para o Cairo para, em seguida, voar para os EUA para uma conferência.

O avião pousou no aeroporto da cidade cipriota de Larnaca, no sul do país. Segundo o Egito, havia oito norte-americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um italiano, dois gregos e um sírio a bordo. Três estrangeiros ainda não foram identificados. Não foram divulgadas as nacionalidades dos que ainda permaneciam no avião, por questões de segurança.

O incidente gera preocupação sobre a segurança nos aeroportos egípcios, cinco meses após uma aeronave russa ter um acidente minutos após decolar do resort egípcio de Sharm el-Sheikh. Todas as 224 pessoas a bordo morreram no acidente. O governo russo disse posteriormente que um explosivo derrubou a aeronave e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade.

IG