Rússia proíbe a importação de carne bovina e suína do Brasil

21/11/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A Rússia decidiu suspender a partir de 1o. de dezembro a importação de carne bovina e suína oriunda do Brasil depois da descoberta de várias substâncias proibidas, informaram os serviços veterinários.

Em um comunicado, a agência de regulação de produtos agrícolas Rosselkhoznadzor disse ter detectado ractopamina e outros hormônios de crescimento na carne brasileira.

A ractopamina é um aditivo alimentar utilizado para aumentar a massa muscular dos animais, o que é proibido na Rússia por seus possíveis efeitos negativo na saúde dos consumidores.

A agência russa informou ainda que foi preciso tomar medidas severas para a proteção dos consumidores russos impondo, a partir de 1o. de dezembro, restrições temporárias à importação de carne bovina e suína.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não considerou a medida como um fechamento do mercado russo. Segundo ele, medidas desse tipo acontecem permanentemente em fiscalizações e apenas três ou quatro empresas em que a ractopamina foi detectada foram mencionadas.

O uso de ractopamina é permitida no Brasil, mas não na Rússia e na Europa, detalhou.

A Rússia é uma grande importadora de carne brasileira. Em 2016 importou produtos suínos por 513 milhões de dólares, valor que aumentou para 612,3 milhões nos primeiros 10 meses deste ano, segundo dados do Ministério de Agricultura.

As importações russas de carne bovina brasileira somaram 389,7 milhões de dólares em 2016 e passaram para 392,8 milhões entre janeiro e outubro de 2017.

Esta decisão tomada por Moscou restringe ainda mais as fontes de importação de carne para a Rússia.

A importação na Rússia de produtos da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália, entre outros países ocidentais, está proibida pelo embargo imposto em 2014 em respostas às sanções pela crise ucraniana.

Em fevereiro, a Rússia decidiu suspender a importação de carne bovina neozelandesa também por utilização de ractopamina.

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Foto: AFP