Rússia diz que há risco de guerra com EUA se Washington lançar ataque

13/04/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Rússia é acusada de ter usado armas químicas

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, avisou nesta quinta-feira (12) que há um risco de guerra entre o seu país e os Estados Unidos, se Washington decidir lançar uma ofensiva militar na Síria.

Não podemos excluir nenhuma possibilidade, lamentavelmente, porque temos visto mensagens saídas de Washington que são muito ofensivos, disse Nebenzia, dirigindo-se aos jornalistas, na sede das Nações Unidas.

Segundo o diplomata russo, a prioridade imediata é evitar o perigo de guerra, pelo que instou Estados Unidos e seus aliados a não utilizarem a força contra a Síria, acusada de ter usado armas químicas.

As ameaças são uma violação à Carta das Nações Unidas, afirmou, acrescentando que uma intervenção militar do Ocidente seria muito perigosa, uma vez que os militares russos estão lá, a convite das autoridades sírias, salientou.

O diplomata russo indicou que o país pediu uma reunião pública do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Síria, com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Ele deverá intervir num futuro próximo, afirmou Vassily Nebenzia.

Na terça-feira (10), três resoluções relacionadas com o presumível ataque químico sírio foram rejeitadas pelo Conselho de Segurança. Uma das resoluções foi apresentada pelos Estados Unidos e os outros dois textos foram propostos pela Rússia.

Mais de 40 pessoas morreram no sábado num ataque contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.

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A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram nenhum vestígio de substâncias químicas.

Citando informações fornecidas por organizações de saúde locais em Douma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou na quarta-feira (11) que cerca de 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos.

Com informações da Lusa

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