Quem somos nós para julgar, diz papa Francisco sobre homossexuais
O papa Francisco reiterou sua tolerância sobre a homossexualidade, perguntando: Quem somos nós para julgar?.
Em conversa com jornalistas no voo de volta da Armênia, o pontífice foi questionado sobre o massacre homófico de Orlando, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Francisco lembrou que, segundo o catecismo, os homossexuais não devem ser discriminados, mas respeitados e acompanhados no plano pastoral.
Uma pessoa que vive nessa condição, que tem boa vontade, que busca a Deus, quem somos nós para julgá-la?, perguntou, repetindo a fórmula que empregou em seu retorno do Rio de Janeiro a Roma em 2013.
Segundo o papa, os cristãos não só devem pedir perdão aos homossexuais, como aos pobres, às mulheres exploradas e às crianças obrigadas ao trabalho forçado.
Os cristãos devem pedir perdão o tempo todo, recomendou.
No voo, o papa também justificou o uso do termo genocídio para referir-se aos massacres de armênios perpetrados pelo Império Otomano.
Depois de ter sentido o tom do discurso do presidente (Serge Sarkisian), e depois de ter pronunciado essa palavra no ano passado em São Pedro, achei que ficaria estranho se não usasse a mesma palavra, explicou.
Não utilizei essa palavra com um ânimo ofensivo, mas de forma objetiva, ressaltou.
O vice-primeiro-ministro turco criticou a declaração do papa, afirmando se tratar de uma mentalidade de Cruzada.
O Brexit esteve entre os assuntos abordados na conversa com os jornalistas.
Francisco alertou sobre o risco de uma balcanização da Europa e defendeu uma desunião saudável entre os membros da União Europeia. Ele apontou o risco de regiões como Escócia ou Catalunha optarem pela secessão, o que, segundo ele, levaria a uma balcanização da Europa.
O passo que a Europa deve dar é um passo de criatividade e de desunião saudável (...), ou seja dar mais independência, mais liberdade aos países da União Europeia, recomendou.
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