Professor que transou com alunas se diz defensor da moral
Duas adolescentes já confirmaram em depoimento à polícia que “transaram”, em um motel, com o professor de História delas, Adriano Knippelberg de Moraes, de 29 anos, em troca de notas.
Adriano, que é do quadro docente do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus Bela Vista, em Cuiabá, foi preso há uma semana, dia 30 de junho, após uma vítima de assédio ir à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), denunciá-lo, acompanhada pela mãe. Como prova ela levou uma conversa erótica que ele tentou manter com ela pelo whatsapp.
Uma terceira aluna também confirmou que manteve relações sexuais com o professor, mas afirmou que foi apenas por desejo. No entanto, o delegado da Deddica, Eduardo Botelho, que conduz o inquérito do caso e que pediu a prisão temporária do acusado, investigou o histórico escolar dela e verificou que as notas em História melhoraram muito.
“Estranhamente a nota dela aumentou, indicando que ela pode estar mentindo”, suspeita o delegado, que está buscando saber quem é uma quarta aluna, que teria feito sexo com Adriano, no banheiro do IFMT.
“Outros alunos viram a cena e eu já sei o apelido dela”, informa o delegado.
As alunas, vítimas de abuso e aliciamento sexual, têm todas elas idades de 15 e 17 anos.
O delegado investigou que o professor deu aula para mais de 100 adolescentes e que será inviável ouvir todas elas. Porém, vai chamar para depor algumas estratégicas para o inquérito.
No Facebook, o professor Adriano se mostra evangélico e defensor da moral, de valores conservadores, da família e dos bons costumes. Faz campanha contra o casamento gay e as formas alternativas à heterossexual de expressar a identidade sexual.
Conforme publicou a imprensa local, uma última postagem dele no perfil virtual é um discurso do pastor Silas Malafaia com os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Feliciano (PSC-SP).
O professor também compartilhou, anteriormente, uma postagem feita pelo deputado federal Pastor Victório Gali (PSC-MT), líder da bancada evangélica mato-grossense e que condena a homossexualidade.
O acusado está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá. O IFMT informou por meio de nota que vai abrir sindicância para apurar o caso.
Fonte: Terra