Previsão para inflação de 2023 cai pela 3ª semana e segue dentro dos limites da meta
Nova expectativa mostra que o IPCA vai fechar o ano em 4,63%, variação dentro do intervalo perseguido pela 1ª vez desde 2020
Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) recuaram, pela terceira vez seguida, suas projeções de alta para a inflação deste ano. Se as expectativas foram confirmadas, o índice oficial de preços fechará dentro do limite da meta pela primeira vez desde 2020.
Conforme as previsões divulgadas nesta segunda-feira (30), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai encerrar 2023 com alta de 4,63%, ante variação de 4,65% estimada nas últimas quatro semanas. Há quatro semanas, o aumento estimado era de 4,86%.
Se confirmada, a expectativa mostra que a inflação oficial ficará dentro do teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).
No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado em setembro, o BC calcula que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 61% para 67%.
Para este mês de outubro, a previsão é que o IPCA apresente uma alta de 0,28%, o que representará um leve quarto ganho de força ante o avanço dos preços de setembro (+0,26%). Em novembro e dezembro, as projeções são de alta do índice oficial de preços de, respectivamente, 0,3% e 0,5%.
Na contramão das previsões para este ano, as expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2024 subiram de 3,87% para 3,9%. Já para 2025 e 2026, as projeções permanecem estáveis em 3,5% para ambos os anos.
Com as atualizações, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. No entanto, entre os preços administrados, que incluem combustíveis, planos de saúde e energia elétrica, a expectativa caiu pela quarta vez seguida e passou para uma alta de 9,61%.
Do R7