Presidente do Turcomenistão ordena o fechamento de 'Porta do inferno'
Cratera arde há mais de 50 anos. Área é rica em petróleo e gás natural e se tornou ponto turístico. Mandatário afirma que as chamas são responsáveis por problemas ambientais e representam risco à saúde da população local.
O presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, disse no fim de semana que pretende por fim à famosa cratera de gás natural que queima no país há décadas.
"A cratera afeta negativamente o meio ambiente e a saúde das pessoas que vivem nas proximidades", disse Berdymukhamedov em um pronunciamento televisionado no sábado (8).
"Estamos perdendo recursos naturais valiosos, pelos quais poderíamos obter lucros significativos e usá-los para melhorar o bem-estar do nosso povo", defendeu o mandatário.
A área tem uma quantidade significativa de petróleo e gás natural. E o "incêndio" começou quando geólogos da ex-União Soviética perfuravam a região, em 1971, para obter gás. O chão sob a plataforma cedeu e abriu o buraco.
Chamado "Porta do inferno", o local é um tradicional destino turístico com 70 metros de diâmetros e chamas que se veem de longe na paisagem desértica.
O poço de fogo foi o resultado de um erro de cálculo simples por cientistas soviéticos, em 1971. Os geólogos perfuraram uma caverna subterrânea para obter gás.
Temendo que a cratera emitisse gases venenosos, os cientistas tomaram a decisão de colocar fogo, pensando que o gás iria queimar rapidamente. Mas as chamas não acabaram em mais de 50 anos, em um símbolo poderoso das vastas reservas de gás do Turcomenistão. Enquanto isso, visitantes viajam até lá para conferir o fenômeno de perto.
Por g1