Presidente das Filipinas ameaça bombardear escolas do país
As declarações do presidente filipino, Rodrigo Duterte, estão cada vez mais preocupantes. Sua guerra contra o tráfico de drogas pode atingir até mesmo escolas de tribos indígenas com ataques aéreos, pois, segundo ele, essas instituições estão ensinando subversão e comunismo.
Na noite da última segunda-feira (24), depois seu discurso da união, Duterte chegou a dizer aos jornalistas: Eu vou bombardear aquelas escolas. Eu vou usar as Forças Armadas, as Forças Aéreas das Filipinas […] porque vocês estão funcionando ilegalmente e estão ensinando as crianças a se rebelarem contra o governo, completou.
O presidente filipino comentou a condenação indireta das organizações humanitárias, como Human Rights Watch, que temem crimes de guerra por parte de Duterte, caso ele cumpra o que ameaça.
De acordo com o líder filipino, a sua declaração se referia somente à destruição dos prédios escolares, que, como ele disse, ensinam as crianças a serem rebeldes, mas ele não pretendia fazer mal às crianças.
As afirmações de Duterte vêm à tona em um conflito violento na ilha de Mindanao entre maoístas rebeldes e forças legais, incluindo uma emboçada da semana passada, que feriu cinco membros da guarda presidencial.
As escolas mencionadas são coordenadas por grupos étnicos. Desde julho do ano passado, foram realizados 68 ataques militares contra 89 escolas, de acordo com uma organização não governamental do país, que se chama Salve nossa Rede de Escolas (Save Our Schools Network, em inglês).
Desde o governo de Aquino até agora, as Forças Armadas das Filipinas estão realizando campanha genocida contra os povos indígenas Lumad e outros, que resistem à invasão de interesses comerciais nas suas terras ancestrais, afirma o coordenador-chefe, Eule Rico Bonganay, no site da organização. Com a declaração da lei marcial em Mindanao, forças governamentais estão fazendo de tudo para expulsar as tribos de suas terras.
Os esforços de Duterte para acabar com o tráfico de drogas resultaram em cerca de 7.000 mortes, e, no sábado (22), o Congresso das Filipinas votou a favor do prolongamento da lei marcial em Mindanao até dezembro.
Vale destacar que na ilha mais de 100 tropas estatais estão combatendo organizações extremistas, ligadas ao Estado Islâmico. Com informações do Sputnik Brasil.
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