Por que algumas pessoas sentem cheiro de barata e outras não?
Entenda um dos grandes mistérios da humanidade que intriga seres humanos até os dias atuais
Algumas pessoas conseguem sentir o cheiro de baratas, enquanto outras não, e é isso que o portal ND Mais quer desvendar. Afinal, por que algumas pessoas parecem ter nascido com esse “superpoder” olfativo, enquanto outras não?
Neste ponto, é importante lembrar que as baratas já foram consideradas os animais mais antigos do mundo. Isso aconteceu em 2020, quando um fóssil do animal com 99 milhões de anos foi encontrado dentro de cavernas, segundo o periódico científico Gondwana Research.
Por que algumas pessoas sentem cheiro de barata e outras não?
Segundo o site “Genera” especializado em testes genéticos, o odor das baratas é atribuído à presença de uma substância química chamada TMA (trimetilamina).
O site explica que as pessoas que conseguem detectar esse odor possuem um gene específico que codifica um receptor capaz de identificar a presença de TMA no ar.
Por outro lado, aqueles que não percebem o cheiro das baratas têm uma mutação nesse gene, o que o torna inativo e incapaz de reconhecer essa substância.
Essa diferença genética na sensibilidade ao odor de barata explica por que algumas pessoas conseguem sentir o cheiro característico das baratas enquanto outras não.
Estudos científicos recentes têm revelado que a percepção de cheiros e sabores pode variar consideravelmente entre indivíduos, sendo influenciada pela genética.
Isso significa que o DNA desempenha um papel crucial na maneira como as pessoas experimentam odores e sabores, e vários genes estão envolvidos nesse processo.
Capacidade genética
Um exemplo claro disso é a capacidade de detectar fragrâncias florais. Enquanto algumas pessoas podem ser especialmente sensíveis à beta ionona, um aroma floral presente em uma variedade de produtos, como chocolates, bebidas, produtos de limpeza doméstica e de higiene pessoal, outras podem não percebê-lo da mesma forma.
Além dos fatores ambientais, a genética desempenha um papel significativo na intensidade da percepção e nas experiências emocionais relacionadas à fragrância floral.
Um gene particularmente relevante é o OR5A1, localizado no cromossomo 11, que codifica proteínas receptoras olfativas. Variações nesse gene têm sido associadas a uma maior sensibilidade à beta ionona.
Outro exemplo notável é a capacidade de perceber o sabor amargo da substância PTC (feniltiocarbamida). Cerca de 25% das pessoas não conseguem detectar esse sabor, que está presente em alimentos como rúcula, agrião, brócolis e em bebidas como água tônica, café e cervejas escuras.
Para aqueles com essa variação genética, alimentos e bebidas contendo feniltiocarbamida parecem menos amargos e, portanto, mais agradáveis ao paladar.
ANA SCHOELLER - FLORIANÓPOLIS
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