Polícia Civil do DF cumpre mandados de busca e apreensão contra Jair Renan Bolsonaro

24/08/2023 10h05 - Atualizado há 1 ano

Principal alvo é o instrutor de tiro do filho do ex-presidente; mandados são cumpridos no DF e em Santa Catarina

Cb image default
JOÉDSON ALVES/EFE - 24.02.2021

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpre na manhã desta quinta-feira (24) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme apuração da Record TV. A investigação analisa um suposto esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão em Brasília e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O R7 tenta contato com os citados.

Segundo a PCDF, o principal alvo da operação é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Renan. Carvalho possui diversos registros criminais, por falsificação de documentos, estelionato e organização criminosa.

Só neste ano, ele já foi alvo de duas operações da Polícia Civil do Distrito Federal:

• Operação Succedere, que apurou a ocorrência de crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais; e

• Operação Falso Coach, que apurou o uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”.

Com o material apreendido nessas operações, uma nova investigação foi aberta para analisar um suposto esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo de blindar o patrimônio dos envolvidos.

A polícia afirma que Maciel Carvalho e um de seus comparsas criaram a pessoa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, cuja identidade falsa foi usada para a abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de laranja.

Os policiais civis descobriram ainda que os investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se, para tanto, de dados de contadores sem o consentimento destes e inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante; além disso, teriam mantido movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.

 Rafaela Soares, do R7, e Pedro Canguçu, da Record TV, em Brasília